Projetos de reflorestamento e compensação ambiental são amparados por normas regulamentadoras de acordo com o ramo de atividade da empresa que deverá implantar. Deve atender exigências de qualidade ambiental da área, após reabilitada. Estes Projetos têm muitos objetivos, tais como: Conservação da biodoversidade, recuperação de áreas degradas, aumentar o fluxo de nascentes, controlar a erosão do solo, cumprir compensação por algum crime ambiental (TCRA), Desenvolvimento comunitário, Carbono social. Através do uso de espécies de plantas adequadas para região é possível conservar ambientes e atender às exigências legais de preservação.
Para a restauração ecológica deverão ser utilizadas, no mínimo, 80 espécies diversas, com proporção de 50% de espécies de rápido crescimento, em relação às de lento crescimento (pioneiras e não pioneiras); assim como inclusão de, no mínimo, 5% de mudas de espécies ameaçadas regionais.
Áreas degradadas devem ser recuperadas ou restauradas de atributos que foram perdidos em sua estrutura e funções ecológicas, seu potencial de sequestro de carbono ou a oferta de serviços ecossistêmicos como fornecimento de água, polinização e regulação do clima. Casos que ocorrem pela ação do homem ou pela ação climática. Ecossistema recuperado: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original.
Ecossistema Restaurado: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original; quando contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais.
Por Editorial J from Porto Alegre, Brasil - Parque Saint'Hilarie é berço das nascentes do Arroio Dilúvio, CC BY-SA 2.0
O processo de regeneração natural é aquele em que após o corte da vegetação, essa se recupera naturalmente ao longo dos anos, retornando às funções ambientais que exercia anteriormente. Esse processo, chamado de sucessão secundária, ocorre naturalmente através da substituição e/ou incorporação gradual de espécies de classes ecológicas diferentes.
Reflorestamento margens do Rio Jundiai
Inicialmente se instalam na área espécies pioneiras, que são colonizadoras, de crescimento rápido e capacidade de se desenvolver em ambientes abertos. O ambiente então oferece condições para o estabelecimento das secundárias iniciais, e assim sucessivamente, para as secundárias tardias e, finalmente, para as climáceas.
A restauração ecológica visa favorecer esse processo, de forma a garantir um ambiente sustentável. Um dos critérios básicos que a atividade deve respeitar diz respeito à necessidade de se usar diferentes espécies nativas do próprio local para permitir a diversidade biológica e estimular o retorno da fauna (animais).
Serra do Mar autor Silvia do Valle
Normalmente uma espécie que compõe a vegetação típica da região a ser reflorestada sempre se adaptará bem, respeitando-se compatibilidade de clima e solo. Por isso é importante observar as matas remanescentes da região, identificando as espécies que se adaptam bem ali, e dar preferência a elas.
Desta forma é muito importante plantar as espécies predominantes da mata original, de preferência originárias de sementes colhidas nas proximidades, que certamente apresentarão desenvolvimento mais rápido e garantido, e depois mescla-las com outras espécies nativas de interesse.
Reflorestamento margens do Rio Jundiai
Que tipos de adubos são os ideais? E quais são os prejudiciais? Existem muitos tipos de adubos/fertilizantes, divididos basicamente entre a adubação orgânica (natural) e a química, antes de aplicar uma ou outra, devemos aplicar o calcário para corrigir a acidez do solo e melhorar a capacidade de absorção de nutrientes dos demais adubos, além de adicionar cálcio e magnésio.
especies da mata atlântica autor Adilson Akashi
A utilização de matéria orgânica no plantio é muito benéfica. Forrar o fundo da cova com restos de folhas e galhos recolhidos no local. Além de prover nutrientes, ajuda a conservar a umidade do solo no período inicial. Sempre que possível usar adubo orgânico, ou seja, esterco, pode ser usado trimestralmente e de preferência em épocas chuvosas. Para adubação química verificar acidez do solo para poder corrigi-la conforme a necessidade, no plantio cuidado para que as raízes da muda nunca estejam em contato com o adubo químico. Para após o plantio o ideal é fazer adubação de cobertura na projeção da copa 2 vezes ao ano, antes das chuvas, até que as mudas estejam em torno de dois metros de altura. As raízes crescem e se espalham justamente para encontrar e absorver essas vitaminas. Ao todo são 17 minerais essenciais para elas: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre (os principais, chamados de macro-nutrientes); e ferro, manganês, boro, molibdênio, cobre, zinco, cobalto (que são os micro-nutrientes); e em pequenas quantidades o cloro e o alumínio; já que em demasia podem se tornar tóxicos. Fora isso elas retiram o carbono, hidrogênio e oxigênio da água e do ar.
Para cada m² podemos usar: Calcário: 200 gramas Composto orgânico (galhos, folhas e alimentos decompostos): 1 kg Esterco de aves (frango, galinha, peru): 1 kg Esterco de gado: 5 kg Esterco de coelho: 5 kg Farinha de osso: 100 a 300 gramas Torta de algodão: 100 a 300 gramas Cinzas de madeira: 500 gramas
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