Temos o prazer de apresentar aos nossos leitores e associados do Paisagismodigital, o Biólogo Miguel Enrique Castillo Hernandez que nos conta sua experiência em ambientes aquáticos.
Experiências e Estudos
Faculdade de Ciências, Escola de Biologia, Universidade Central da Venezuela (U.C.V) Caracas
Tratamento Biológico para Líquidos Residuais (1987) Escola de Biologia, Faculdade de Ciências Universidade Central Venezuela
Graduação (1988) Departamento de Proteção Integral – Assuntos Ambientais, Distrito Operacional Santomé CORPOVEN SA. Petróleos da Venezuela
Metereologia 1 e 11 e Manejos de Equipes Metereológicas. Curso de Ampliação (1988) Escola de Meteorologia e Hidrologia Faculdade de Engenharia Universidade Central da Venezuela.
Planos de Contingencias em Avaliação Ambiental (1994)
Planos de Contingências em resposta a derramamento de hidrocarburos (1992) Organização Marítima Internacional, Indústria Petroleira Internacional e Petróleos da Venezuela SA, Carcas
Análises de Cenários na Avaliação Ambiental (1994) Ampliação do Nível de Pós Graduação em Geografia. Escola de Geografia, Faculdade de Humanidades e Educação, Universidade Central da Venezuela
Entrevista O que lhe chamou mais a atenção em seus estudos? A Botânica foi a que mais chamou minha atenção, por ter a maioria das matérias eletivas que respondem a minha formação em Botânica. Trabalhei em Laboratório de Plantas Aquáticas Vasculares da Faculdade de Ciências da Universidade Central da Venezuela desde 1978 até 2018, 40 anos de experiência!
Conte-nos um pouco sobre seu trabalho com plantas e jardins aquáticos. De meus 40 anos de experiência, trabalhei com plantas aquáticas vasculares, especialmente com a família da Nymphaeaceae e Nelumbaceae. Meu primeiro trabalho foi no ano de 1999, consistindo em fazer parte da equipe profissional designada para restaurar o Lago Hidrofito do Parque del Este (oficialmente, hoje Parque Generalíssimo Francisco de Miranda) desenhado em 1954 por Roberto Burle Marx, formando parte de sua equipe Don Leandro Aristeguieta.
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O lago foi restaurado em 1990 por quem fazia parte da Faculdade de Ciências da U.C.V: Miguel Castillo H., Dr. Justiniano Velásquez, Dr. Héctor López Rojas, Dr. Antonio Machado Allison e o Prof. Leandro Aristeguieta. Felizmente no ano de 1992 o Senhor Roberto Burle Marx pode ver o lago recuperado novamente. Neste lago se semearam 86 híbridos e espécies de plantas aquáticas vasculares da Venezuela e do mundo.
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Outros Trabalhos
Recuperação das lagunas dos Jardins Botânicos das cidades Maracaibo e Porto Ordaz. Ambos desenhados por meus grandes mestres: Sr. Roberto Burle Marx e Prof. Leandro Aristeguieta. Desenho do Centro Didático Ambiental ( Humedal artificial) San Tomé CORPOVEN, S.A.PDVSA PETRÓLEOS DA VENEZUELA 1990
A conquista de meus híbridos de Nymphaeas, tanto por sua beleza como por seu alto valor botânico: Nymphaea Bianca Castillo, Nymphaea Sandra Castillo, Nymphaea Aiglée Castillo, Nymphaea Andrea Castillo, Nymphaea Envy, Nymphaea Tarantula, Nymphaea Jealous I e II, entre outras.
Foto Nymphaea Bianca Castillo
Foto Nymphaea Bianca Castillo.
Foto Nymphaea Sandra Castillo.
Foto Nymphaea Sandra Castillo
Foto Nymphaea Aiglée Castillo.
Foto Nymphaea Envy
Foto Nymphaea Tarantula
Foto Nymphaea Tarantula
Conte-nos sua experiência no Jardim Botânico de Caracas
Como curador de ambientes aquáticos, entre os anos de 2013 e 2019: Recuperação do Lago Venezuela, conseguindo a maior coleção de plantas aquáticas vasculares do Mundo. Desenho do Viveiro de plantas aquáticas vasculares. Professor de Paisagismo na Faculdade de Arquitetura em nível de graduação e Pós Graduação.
Nuphar luteo
Como realiza a seleção das espécies? Dá prioridade às espécies nativas? Sim, a primeira seleção é das plantas nativas, as mais resistentes e com valor botânico. Uma das plantas de lato valor botânico é o gênero Victoria por ser uma planta fácil de manter no trópico e uma das mais vistosas nos jardins do mundo.
O que chama mais a atenção nos ecossistemas aquáticos? Qualidade e pureza da água, sua vegetação. Entre os sistemas aquáticos mais importantes para mim, estão os “morichales” do oriente da Venezuela, compostos pela palma aquática Maurita Flexuosa e as lagunas marinhas costeiras, sendo sua vegetação principal de Rhizophora mangle que mostra uma paisagem exuberante.
Como surge a inspiração para realizar seus projetos? O que busca priorizar? A inspiração surge de contemplar a paisagem que circunda o corpo da água, por exemplo: O clima da zona, profundidade do espaço designado, procedência e qualidade da água, a vegetação autóctona etc. A prioridade está em emular um ecosistema aquático, difundir a informação sobre plantas aquáticas que predominem na região e possuam valor biológico, assim também de plantas exóticas como a Victória amazônica, Victória cruziana, Nelumbo nucífera, Nynphaeas, Nuphar e todas aquelas que atraem a atenção das pessoas, porque aparte do seu valor biológico, tenham como agregado seu valor ornamental, informativo, histórico etc. Como aquelas que provêm das sementes de Nelumbo originárias das pirâmides do Egito.
Foto Nelumbo nucifera. Blanca del rio Nilo y rosada de la India.
Foto: Nelumbo nucifera. Blanca del rio Nilo y rosada de la India
Foto Nelumbo Momo Botan.
Conte-nos sobre algum projeto que tenha sido importante para sua carreira. Além da recuperação dos ambientes aquáticos projetados por Roberto Burle Marx na Venezuela, há a minha participação no desenho e construção de um morichal (terreno inundado, brejo) artificial na cidade de Anacoque, hoje em dia, com o decorrer do tempo, é considerado um brejo natural.
Foto Centro Didáctico Ambiental
Foto Centro Didáctico Ambiental
Qual a sua opinião sobre a plataforma Paisajismo y Jardin e Paisagismo Digital? É uma plataforma muito importante que sempre recomendo, especialmente para profissionais e estudantes, além de todas aquelas pessoas interessadas no paisagismo
Qual a sua recomendação para aqueles que estão se iniciando na área de paisagismo: Meu conselho é que tratem de fazer projetos, os mais naturais possíveis, aproveitando o natural de um ecossistema. Permitindo, por sua vez, a extensão do conhecimento das variedades autóctones e exóticas.
Para mais informações: Miguel Enrique Castillo https://www.facebook.com/Jardinesacuaticosmcastillo
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