A melhor época para se plantar uma árvore era há anos atrás...A próxima melhor oportunidade é agora: FAÇA A SUA PARTE!
Uma contribuição para motivar os que querem contribuir para o reflorestamento não só do Brasil, mas do Planeta Terra.
Estas orientações são dos Professores: Paulo Henrique Müller da Silva & Leticia Mantovani Stein
Produção de Mudas e Recomendações de Adubação no Viveiro para Pequenos Produtores
Coleta de sementes
1. Sistemas de produção de mudas Atualmente, os recipientes mais utilizados para a produção de mudas de eucalipto e pinus são os sacos plásticos e os tubetes. Para a escolha do recipiente deve-se levar em conta a quantidade de mudas produzidas e a duração do viveiro, porque em pequena escala e em viveiros temporários é aconselhável a utilização de sacos plásticos devido ao menor custo inicial. 1.1. Produção de mudas no sistema de sacos plásticos As dimensões para os recipientes de saco plástico podem variar de 5,0 a 8,0 cm de diâmetro e de 12,0 a 15,0 cm de altura. Os sacos devem ter no mínimo 4 furos na parte de baixo. Como substrato para preenchimento recomenda-se terra de subsolo isenta de sementes de plantas indesejáveis e de microorganismos que prejudicam o desenvolvimento das mudas. Deve-se dar preferência para solos areno-argilosos, pois apresentam boa agregação, permitem drenagem e também capacidade de reter água. A montagem do canteiro deve ser realizada com o auxilio de duas ripas de madeira em toda a lateral e o canteiro deve ter largura máxima de 0,80 m. Os sacos plásticos, já cheios com terra, devem ser organizados em uma superfície plana sendo colocados encostados uns aos outros para que não ocorra o tombamento das mudas. A semeadura deve ser feita de maneira direta, distribuindo de 2 a 4 sementes por saco plástico. As sementes devem ser colocadas em uma profundidade correspondente a um pouco mais que o seu diâmetro. Logo após a semeadura, cobrir com uma leve camada de terra fina ou de material orgânico (casca de arroz ou serragem). As sementes devem ser adquiridas em estabelecimento credenciado, pois desse modo é possível adquirir material de qualidade. O canteiro deve ser coberto com sombrite até o final da fase de germinação. Outro fator importante para o bom desenvolvimento das mudas é a realização de 2 ou 3 irrigações por dia. O desbaste deve ser realizado, com as mudas ainda pequenas (3 cm), deixando apenas a mais vigorosa no recipiente. Nessa fase pode ser realizada uma repicagem aproveitando as mudas, que podem ser transplantadas para outros sacos plásticos nos quais não ocorreu a germinação das sementes. As mudas podem apresentar grande diferença no desenvolvimento, sendo importante a movimentação separando-as por tamanho de modo a efetuar novas adubações nas mudas menores para que alcancem o tamanho das outras.
Brotação do pau dalho
Adubação das mudas Os métodos, as doses e as épocas de incorporação de adubos nos substratos de cultivo devem ser bastante criteriosas, pois além de garantir o bom crescimento e qualidade das mudas, a adubação é o principal meio que o viveirista tem para "segurar" ou "adiantar" o crescimento das mesmas no viveiro. Os adubos mais recomendados, devido as suas características físicas e químicas são: o sulfato de amônio, superfosfato simples e cloreto de potássio usados preferencialmente na forma de pós, para facilitar a homogeneização das doses de adubos no substrato de cultivo das mudas. A melhor forma de fazer a aplicação de adubos nesse sistema consiste no parcelamento das doses de adubos recomendadas, ou seja, cerca de 50% das doses de N e de K2O e 100% das doses de P2O5 e micronutrientes são misturadas à terra de subsolo, antes do enchimento dos sacos plásticos, o que é denominado adubação de base. O restante das doses é aplicado em cobertura, parceladamente, na forma de soluções ou suspensões aquosas. Recomenda-se as seguintes dosagens de adubos:
a) Adubação de Base: 150 g de N, 700 g de P2O5, 100 g de K2O e 200 g de "fritas" (coquetel de micronutrientes na forma de óxidos silicatados) por cada metro cúbico de terra de subsolo. Normalmente, os níveis de Ca e Mg nas terras de subsolo são muito baixos e por esta razão recomenda-se, também, a incorporação de 500 g de calcário dolomítico por metro cúbico de terra. b) Adubação de Cobertura: 100 g de N mais 100 g de K2O, parceladas em 3 ou 4 aplicações. Para a aplicação desses nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato de amônio e/ou 300 g de cloreto de potássio em 100 L de água. Com a solução obtida regar 10.000 mudas. Recomenda-se intercalar as adubações, ou seja, numa aplicação utilizar N e K2O, na seguinte, apenas N e assim por diante. As aplicações deverão ser feitas no final da tarde ou ao amanhecer, seguidas de leves irrigações apenas para diluir ou remover os resíduos de adubo que ficam depositados sobre as folhas.
Irrigação com garrafa pet
As adubações de cobertura devem ser feitas em intervalos de 7 a 10 dias. A primeira deve ser realizada de 15 a 30 dias pós-emergência. A época de aplicação das demais poderá ser melhor determinada pelo viveirista ao observar as taxas de crescimento e as mudanças de coloração das mudas. Quando as mudas já estiverem formadas, portanto, prontas para serem plantadas no campo, recomenda-se, antes da expedição das mesmas, fazer a "rustificação" para amenizar seus estresses no campo. Na fase de "rustificação", que dura de 15 a 30 dias, reduzem-se as regas e suspendem-se as adubações de cobertura. No início dessa fase, recomenda-se a realização de uma adubação contendo apenas K para auxiliar a adaptação das mudas às condições adversas de campo.
Sistema de irrigação
Quer continuar a respirar? Então comece a plantar!
Aguarde a próxima matéria sobre o assunto!
Bibliografia consultada Gonçalves, J.L.M.; Benedetti,V. Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba IPEF, 2000. 427p
contato: arvoresbrasileiras@grupoaleixo.com
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