A Aroeira, Schinus terebinthifolius, tem muitos nomes, como fruta do sabiá, aroeira-vermelha, aroeira-mansa, aroeirinha, aroeira-pimenteira e pimenta-rosa, seu nome mais famoso. De grande plasticidade ecológica, a aroeira ocorre desde o Nordeste, passando pelos cerrados e chegando ao Rio Grande do Sul, estendendo-se à Argentina e Paraguai. A espécie é encontrada desde a planície costeira até altitudes de 1.100 m a 1.200 m
A aroeira foi introduzida também em diversos países da Europa, África, América Central e Ásia para fins ornamentais. Pela beleza de sua folhagem (perene, de cor verde a verde escuro, com brotos jovens avermelhados), da sua floração (prolongada) e frutificação (persistente), a aroeira é recomendada e utilizada como ornamental, principalmente em praças e parques municipais. Ela foi introduzida na Europa e Estados Unidos para esta finalidade. Esta espécie foi adotada na arborização de parques e avenidas de quase todas as cidades e núcleos de população da Côte D'Azur e da Riviera Liguriana. A aroeira (Schinus terebinthifolius) é indicada-a como potencial para associações agroflorestais. Presta-se aos uso em paisagismo, além de poder ser aproveitada como lenha, carvão, moirões, cercas, vivas, forragem para cabras, aves silvestres e abelhas, ornamentação, medicina doméstica, arborização de pastos e recuperação de áreas degradadas, entre outros.
Fazendo jus a um dos seus nomes vulgares (fruto-de-sabiá), a aroeira é uma das espécies mais procuradas pela avifauna em nosso meio. Outra qualidade dessa espécie é a sua capacidade de ocupação de áreas degradadas. O pioneirismo e a agressividade da aroeira permitem o seu estabelecimento em habitats tão adversos como a caatinga. Ela desenvolve raiz pivotante e profunda, merecendo estudos quanto à ciclagem de nutrientes e enriquecimento do solo.
Como fator negativo, a sua alta capacidade reprodutiva torna-a agressiva na invasão de áreas onde a sua presença não é desejável. cautela no planejamento e manejo dos seus plantios, principalmente fora de sua região de origem. Embora, no Brasil, não se caracterize como tal, ocorrendo em proporções equilibradas na flora nativa, a aroeira introduzida na Flórida tornou-se invasora. Outras qualidades indesejáveis são suas propriedades alergênicas para pessoas sensíveis, ocasionando lesões e edemas. Ela é tida como tóxica também para o gado bovino. É, também, resistente ao fogo, como foi constatado na região do cerrado, em exemplares que já resistiram a vários incêndios. Devido à sua capacidade de rebrota, a espécie pode ser utilizada em barreiras contra incêndios, desde que seja manejada em forma arbustiva.
Uma curiosidade é que, apesar de popularizada com o nome de pimenta pelos franceses, a espécie não é uma pimenta, mas da família da manga e do caju. Por isso as sementinhas não ardem, têm somente o sabor, que é muito próximo ao da pimenta-do-reino. A coleta da aroeira é manual, principalmente, em áreas de restinga do litoral brasileiro. Na Bahia, que chega a fornecer 200 toneladas todos os anos, mais de 90% da atividade é extrativista. Uma ótima fonte de renda para jovens e pessoas desempregadas, que colhem o fruto e vendem para empresas que fazem o beneficiamento e a venda. Cadastrada no IBAMA, a atividade exige que várias regras sejam seguidas para manter a sustentabilidade da produção, como respeitar a alimentação dos pássaros e a brotação natural, evitando arrancar pés inteiros ou fazer cortes que prejudiquem as plantas. Afinal, o ano que vem tem mais!
As melhores sementes, mais vermelhas e redondas, vão ser exportadas e utilizadas na culinária, o que sobra fica no Brasil para ser utilizada na fabricação de cosméticos e remédios. A planta fornece ainda madeira boa para moirões e lenha e sua casca é usada na medicina popular do Nordeste como cicatrizante, antinflamatório e analgésico. Aplicações da pimenta-rosa: Utilidade culinária
Pode ser utilizada em uma grande variedade de pratos, de frango, peixes a vegetais, misturada às pimentas do reino preta, branca e verde, decora e confere sabor delicado. Seu principal uso é a decoração, porque seu sabor não tem características picantes como as demais pimentas.
Utilidade medicinal
As cascas e folhas secas da aroeira são utilizadas contra febres, problemas urinários, contra cistites, uretrites, diarréias , blenorragia , tosse e bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral . Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias. Seu óleo resina é usado externamente como cicatrizante e para dor de dente. A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso de fraturas e feridas expostas.
Curiosidades
Em outros tempos, a aroeira foi utilizada pelos jesuítas que, com sua resina, preparavam o Bálsamo das Missões , famoso no Brasil e no exterior. É uma árvore muito importante para quem cria abelhas,pois suas pequenas flores são altamente atrativas para as abelhas,que além do néctar e pólen,retirados das flores, também encontram(no caule),uma resina muito atrativa,perfumada e muito utilizada na mistura com cera,(formando o cerume)essa resina,também é utilizada para vedar frestas nas caixas. Devido ao alto teor de tanino, a pimenta-rosa é empregada nos curtumes para curtir peles e couros. No Peru, a aroeira é utilizada após fermentação para se fazer vinagre e bebida alcoólica. Seus frutos são utilizados na Flórida para decoração de Natal, o que lhe conferiu a denominação de Christmas-berry. Os óleos essenciais são tembém usados como essência para perfumes e na indústria de flavorização em carnes e lingüiças.
Nomes em outros países: Lentisco: Espanhol Lentisque, poivrier d´Amerique, poivrier du Perou: Francês Califórnia peper tree : Inglês Pimenteira bastarda: Portugal Pfefferstrauch: Alemão
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