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Encante-se com a Hochenbergia, bromélias fantásticas

Autor: Rômulo Cavalcanti Braga - Data: 30/08/2021
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Hohenbergia é um gênero de bromélia composto por 50 espécies. Está intimamente relacionada com as Achmea e alguns cientistas argumentam que elas deveriam ser incluídas dentro desse gênero. As Hohenbergias são nativas da Jamaica e de outras ilhas tropicais, bem como partes da América do Sul, particularmente o Brasil e a Venezuela. No Brasil, elas são encontradas principalmente nas costas arenosas e áridas da região norte e nordeste. Espécies no gênero podem variar de habitat, desde áreas arenosas e secas até florestas úmidas.


Hohenbergia castelanosii L B Smith&Read

APARÊNCIA

Hohenbergia são belas bromélias floridas com folhagem muito atraente. Eles podem crescer bastante grande e geralmente têm cinta larga como folhas que são rígidas e coriáceas. Algumas Hohenbergias permanecem em pé, enquanto outras têm folhas que se curvam nas extremidades. As folhas geralmente se juntam para formar uma forma de roseta apertada. A Hohenbergia geralmente produzem um pico alto de flores. Seu pico de flor é o que os distingue de seus parentes próximos no gênero Achmea . As Achmeas produzem um pico de flor alta que não é ramificada enquanto a inflorescência da Hohenbergia é frequentemente ramificada com pequenos grupos de flores.

HÁBITO DE CRESCIMENTO

Como esta bromélia, a Hohenbergia não precisa crescer no chão. Hohenbergias podem ser plantas epífitas, o que significa que elas crescem ligadas a um substrato em vez de serem plantadas no solo. A forma da roseta das folhas forma um grande tanque central que coleta a água da chuva e outros nutrientes que caem do dossel. Escamas especiais nas folhas absorvem a água e os nutrientes, enquanto as raízes atuam como âncoras. Embora as Hohenbergias sejam freqüentemente encontradas como epífitas na natureza, elas também podem ser cultivadas como terrestres. Há também Hohenbergia encontrada crescendo como terrestres em solos muito arenosos ou rochosos. Algumas Hohenbergias, terrestres e epífitas s& atilde;o muito atraentes cultivados em recipientes.


Hohenbergia igatuensis Leme

MEIO DE ENVASAMENTO

Certifique-se de usar uma mistura de envasamento muito bem drenada. Misturas que são especialmente criadas para bromélias ou orquídeas são ideais. Você também pode criar seu próprio meio de envasamento usando mistura para vasos, perlita e areia grossa. Nunca use o solo do jardim porque ele é muito denso e não escorrerá rápido o suficiente. Quando o solo do envasamento permanece muito encharcado, irá estimular a podridão das raízes e a podridão da coroa.

ÁGUA E LUZ

Certifique-se de enxaguar o tanque de sua bromélia. Muitas Hohenbergias, especialmente aqueles nativas de praias arenosas e costas preferem o sol pleno. Existem algumas que prosperam melhor em luz indireta ou sombra manchada. Hohenbergia deve ser regada em seu tanque central. No entanto, tenha cuidado para não permitir que a água fique estagnada. Lave o tanque regularmente e use água destilada ou da chuva para evitar a acumulação de minerais nas folhas.


Hoenbergia ramageana mez em flor

FLORAÇÃO

Como a maioria das outras bromélias, a Hohenbergia produz apenas uma única inflorescência. A inflorescência é muito duradoura, pode ficar até vários meses em alguns casos, mas uma vez que murcha a planta começará a morrer também. No entanto, Hohenbergia generosamente se multiplicou em clones chamados filhotes. Estas ramificações podem ser removidas e replantadas ou mantidas com a planta mãe como uma moita. Algumas Hohenbergia põem levar até 5 anos para atingir a maturidade e produzir uma flor.

ADUBO E PODA

As bromélias devem ser adubadas com muito critério. São extremamente sensíveis e absorvem os nutrientes com muita facilidade pelas folhas. As raízes nas bromélias têm papel secundário. Salvo as terrícolas que retiram seus nutrientes do solo. Mas mesmo essas ainda captam de seus copos foliares grande parte dos nutrientes em suspenção da água, Independente da categoria a qual pertença a bromélia, a fertilização foliar é sempre temerária, Primeiramente por que o NPK das bromélias é o 17–08–22 que infelizmente ainda não temos no Brasil. Paralelamente entra em cena o famoso jeitinho brasileiro... “Vou usar adubo de Orquí ;deas”, vem o outro “Mané entendido do assunto” e manda aplicar o 10 -10 -10. Eu particularmente não utilizo nada somente água pura e paciência budistica e coloco minhas plantas a toda prova. Bromélias são uma espécie durável, raramente incomodada por pragas. Não utilize pesticidas, já que tendem a sufocar poros de respiração das plantas. Podas de limpeza, retirando as folhas danificadas, seguindo sua forma natural, não traz consequências para a planta.


Hohenbergia Leopoldo- Horstii E Gross, Rauh & Leme

PROPAGAÇÃO

Multiplica-se por sementes ou por estolões laterais, logo após a floração, quando a roseta cessa o crescimento. Os filhotes são geralmente produzidos perto da base da planta – dentro da bainha de uma folha.

SUBSTRATO PARA BROMÉLIAS E AFINS

O segredo de uma boa cultura passa necessariamente pelo substrato no qual o exemplar será plantado. Dele dependerá o bom desempenho da planta, com o crescimento, florescimento e frutificação. No caso específico das Bromélias, cada produtor tem sua formulação própria a qual guarda sob sigilo total. Alguns utilizam a palha de arroz carbonizada ou apodrecida em água. Outros a fibra de coco estéril como base e a aplicação de fertilizantes químicos. A fibra de coco surgiu como uma grande alternativa em substituição ao Xaxim (Dicksonia Sellowiana), então temos no mercado inúmeros artefatos confeccionados com fibra de coco. O que a maioria não sabe é q ue essas fibras para tomarem forma, recebem uma quantidade muito grande de cola. Algumas empresas colocam uma quantidade tão grande de adesivo que o produto final fica com uma coloração marrom escura. Por outro lado a fibra de coco é portadora de alta concentração de taninos e alcaloides, que se não forem previamente tratados antes utilizados levarão a planta neles acondicionados a morte. Então recomendo que se deixe os artefatos confeccionados em fibras de coco de molho em água pura por cinco dias antes de sua utilização. Observe-se que a água ficará marrom escura quase negra. Após esse tratamento é só deixar escorrer o excesso de água da peça e se utilizar normalmente. Colocarei abaixo a composição do substrato utilizado por mim aqui em meu Bromeliário:
02 medidas de casca e pinus triturada
01 medida de fibra de coco
01 medida de munha de carvão
01 medida de esterco de gado peneirado
01 medida de areia grossa
Obs: Carvão e fungicida, bactericida e filtro biológico
Misture esses componentes bem até obter um substrato homogêneo e pode plantar suas bromélias imediatamente nos vasos. Dependendo da qualidade do substrato utilizado, a percentagem dos componentes pode ser alterada para que a mistura mantenha sempre um aspecto leve, solto e não empedrando quando comprimida com as mãos. No fundo dos vasos coloca-se uma camada de pedriscos para facilitar o escoamento da água.


Hohenbergia Burle Marxii Leme &W.Till

QUALIDADE DA ÁGUA

É indispensável que o “cálice ou tanque” destas plantas seja mantido sempre com água natural, observando-se que ao ser utilizada a de torneira, tem que se retirar o cloro da mesma. Para retirada do cloro da água, basta encher um balde e deixá-la repousar por três dias, utilizando-a no quarto dia. Aqui no meu Bromeliário as plantas são regadas em dias alternados sempre pela parte da manhã com o sol frio.

ADUBAÇÃO
Poucas pessoas sabem, mas as Bromélias têm um poder absorção foliar muito grande, então a utilização de adubação química foliar deve ser feita com muito critério, uma vez que o NPK das Bromélias é o 17–08–22 que infelizmente não temos no Brasil. Então eu não recomendo a fertilização química foliar (aqui no meu Bromeliário só utilizo água pura). Se por ventura você insistir em utilizar, então procure um fertilizante hidrossolúvel sem COBRE e utilize em dosagem mais fraca que a indicada pelos fabricantes – ¼ da força recomendada diluída em um litro de água, aplicada com um aspersor ou a adubação por meio de adubos granulados que libertam os nutrientes por osmose colocada na superfície dos vasos, mas evitando-se seu contato direto com as raízes e com a base da planta – no caso recomendo o Osmocote 14-14-14. O Osmocote por ser de liberação lenta em contato com a água é o único que não oferece perigo de morte por queima no caso de superfertilização. A aplicação do Osmocote deve ser repetir a cada três meses.
 
Rômulo Cavalcanti Braga
Boiatche Bromeliário - Brasília / DF

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