A Vida das Abelhas de de Maurice Maeterlinck (1862-1949), laureado com o 11º Nobel de Literatura (em 1911), é um belíssimo tratado sobre estes insetos, fruto de sua observação desde a adolescência. Hoje, diversos cientistas se dedicam a estudar este mundo complexo que, segundo Maeterlinck, poderiam nos ensinar a viver em grupo e a produzir com eficiência.
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É conhecida a afirmação de Albert Einstein: Se as abelhas desaparecerem da face da terra a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência, sem abelhas não há polinização, não há flores nem frutos...
A imprensa vem noticiando que o desaparecimento das abelhas é um fenômeno global. Nos Estados Unidos a situação é bastante preocupante, pelas repercussões ambientais, humanas e até econômicas. Espanha, França e Alemanha também dão conta de uma anormal diminuição de abelhas.
Seriam os pesticidas usados nas lavouras? O desmatamento? Ainda não existe uma conclusão definitiva sobre o assunto.
Alguns estudos científicos sobre as abelhas e seu incrível mundo: Já se sabe que : Abelhas realizam tarefas complexas como reconhecer o rosto humano, é a conclusão a que chegou uma pesquisadora da Universidade de Ciências Toulouse, Aurore Avargues-Weber.
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O trabalho realizado como parte de sua tese demonstra empiricamente a grande capacidade de abstração das abelhas: elas sabem contar e reconhecer um rosto.
Colocadas na entrada de um labirinto, as abelhas identificaram vários sinais representados em um mapa e, depois de um rápido aprendizado, elas escolhiam regularmente a saída cujo sinal levava a uma recompensa.
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Segundo seu estudo, apesar de um cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete, as abelhas possuem uma boa visão e uma grande memória.
Ela também provou que estes insetos não são guiados apenas por seu instinto. Mediante um teste realizado ao ar livre ela mostrou a capacidade deste animal de adaptar o seu comportamento ao ambiente e às experiências vividas. O que era considerado pela comunidade científica como própria dos seres humanos e de alguns macacos. Para tentar resolver este enigma, Avargues-Weber conduzirá estudos em laboratório. Sensores serão ligados às abelhas a fim de medir a atividade cerebral, enquanto elas evoluem em um ambiente virtual usando um simulador.
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Para além do mundo animal, suas observações sobre o funcionamento cognitivo das abelhas poderiam ajudar a compreender melhor o cérebro humano, o que poderia contribuir para o desenvolvimento da inteligência artificial.
Os primeiros estudos sobre este inseto remonta ao início do século passado. O austríaco Karl Von Frisch descriptografou a linguagem das abelhas: para indicar uma fonte de alimento para os seus pares, as abelhas executam uma dança sutil.
Ele também demonstrou a capacidade das abelhas para distinguir cores.
Em outro estudo, pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, dizem ter treinado abelhas para que identificassem odores de heroína e cocaína.
Os cientistas descobriram que as abelhas respondiam de forma específica com a vibração de suas antenas à concentrações de drogas como heroína e cocaína.
Eles dizem que os insetos podem, eventualmente, substituir cães farejadores em aeroportos, já que seriam menores, menos caros, mais fáceis e rápidos de serem treinados.
Fontes: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2015/06/22/cientistas-treinam-abelhas-para-detectar-drogas.htm
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