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AMAZÔNIA - O PULMÃO VERDE DO MUNDO

Autor: Rômulo Cavalcanti Braga - Data: 31/12/2012
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Situada na região norte da América do Sul, a floresta amazônica possui uma extensão de aproximadamente sete mil quilômetros quadrados, espalhada por territórios do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Porém, a maior parte da floresta está presente em território brasileiro (estados do Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará e Roraima). Em função de sua biodiversidade e importância, foi apelidada de o Pulmão Verde do Mundo.



Descrição da Floresta
É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fechada). O solo desta floresta não é muito rico, pois possui apenas uma fina camada de nutrientes. Esta é formada pela decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Este rico húmus é matéria essencial para as milhares de espécies de plantas e árvores que se desenvolvem nesta região. Outra característica importante da floresta amazônica é o perfeito equilíbrio do ecossistema.
Tudo que ela produz é aproveitado de forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na região também colabora para o seu perfeito desenvolvimento. Como as árvores crescem muito juntas uma das outras, as espécies de vegetação rasteira estão presentes em pouca quantidade na floresta.
Isto ocorre, pois com a chegada de poucos raios solares ao solo, este tipo de vegetação não consegue se desenvolver. O mesmo vale para avefauna. A grande maioria das espécies desta floresta vive nas árvores e são de pequeno e médio porte. Podemos citar como exemplos de animais típicos da floresta amazônica: macacos, cobras, marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos, hárpias, entre outros.



Os rios que cortam a floresta amazônica (Rio Amazonas e seus afluentes) são repletos de diversas espécies de peixes. O clima que encontramos na região desta floresta é o equatorial, pois ela está situada próxima à linha do equador. Neste tipo de clima, as temperaturas são elevadas e o índice pluviométrico (quantidade de chuvas) também. Num dia típico na floresta amazônica, podemos encontrar muito calor durante o dia com chuvas fortes no final da tarde.


Fenômeno da pororoca - encontro das águas do rio com o mar

Ecologia

Falar sobre a Amazônia e não falar em dois grandes defensores e desbravadores da floresta é se faltar com o respeito a esses dois nobres personagens gigantes. Cada qual ao seu modo e método, mas ambos deram e ainda dão uma grande contribuição para a conservação da biota amazônica.
O primeiro um brasileiro, amazonense nascido em 1927 na cidade de Alvarães, município amazônico, esse brasileiro é advogado por formação e Amazonólogo autodidata, expositor e conferencista sobre a temática amazônica. Ele já proferiu seminários, ciclos de debates, conferências e simpósios em Universidades, Diretórios Estudantis e outros organismos. Refiro-me ao grande Guerreiro Amazônico e ex-Senador da República, o Doutor Evandro das Neves Carreira.
Hoje, aos 83 anos de idade, ainda mantém aceso o vigor de embate na defesa de seu querido e amado Amazonas.
Evandro sempre foi um homem a frente de seu tempo. Quando Parlamentar no período de seu mandato na Câmara Alta (1974 / 1992), foi admirado e respeitado por seus pares da época por fazer todos seus discursos de improviso - jamais utilizou discursos impressos.
E a sua bandeira era a Biota Amazônica. A sua principal obra, Recado Amazônico, foi publicada em 10 volumes pelo Senado Federal, onde está inserida suas atividades como Senador da República pelo Amazonas e a genial afirmação que se constituiu um verdadeiro axioma: A Vocação Hidrohelio-Fitozoológica da Amazônia, valendo todos os corolários que decorrem deste axioma, como soem ser as vocações varzeana, ictiológica, ribeirinha, hidroviária, extrativista, fotossintética e pomicultora.


Vitória régia

Portanto, quando ainda não se falava em Ecologia, Evandro Carreira já defendia essa tese.
Ele estava quase meio século à frente das pessoas normais porque enxergava o futuro com sua visão privilegiada pela natureza e abençoada por Deus. Tive a honra de fazer parte de sua equipe de apoio administrativo na Câmara Alta durante seus oito anos de mandato e com ele aprendi a gostar e amar o paisagismo e a ecologia.
Ele sempre foi um homem profundamente comprometido na defesa das riquezas naturais e da causa bioecológica da Amazônia e ao despertar da consciência ambiental no Município de Manaus. Profetizou muitos acontecimentos que infelizmente temos visto no presente momento. Foi um Parlamentar que não auferiu bens materiais a seu patrimônio quando de seu mandato. Pessoa afável e humana, jamais deixou de receber quem quer fosse a sua sala. Sempre foi muito autêntico e transparente em seus atos.
Não fazia uso de meios termos ou meias palavras dissimuladas.
Em 1981 proferiu palestras na Escola Superior de Guerra dos E.U.A., National Defense University e National War College - Forte Mc Mer, Washington, D.C. que teve como um de seus principais resultados a vinda do oceanógrafo Jacques Costeau e sua equipe com o navio Calípso a Amazônia.

A segunda personagem, uma britânica, nascida em Cresham em 1909, migrou para o Brasil em 1952 e dedicou aqui o restante de sua vida e arte a Amazônia. Margaret Mee, a Dama das Bromélias, pesquisadora de nossas plantas ornamentais

Margaret Úrsula Mee (1909 / 1988), viveu no Brasil e durante trinta anos devotou a vida a viajar acima do Rio Amazonas e dos seus vários tributários, realizando expedições onde coletou e pintou várias plantas da Amazônia, nomeadamente orquídeas, bromélias e outras espécies da flora tropical.
A realidade que vivemos hoje e um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madeireiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja).
Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta.


guaraná

Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridad es brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucram com isso. Veja Biopirataria: levam nossas plantas nativas, nossos animais e não fazemos nada. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.



Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos.



contato: romulocbraga@uol.com.br
http://tillandsiasraras.blogspot.com.br/
Boiatche Bromeliário

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