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Erythrina Dominguezii: Uma lenda da Argentina - árvore que já foi mulher

Autor: Regina Motta - Data: 28/04/2022
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Nosso parceiro, assinante do Blog, Alberto Ferrari, enviou-nos belíssimas fotos de Erythrina dominguezii, no Noroeste da Argentina, onde ele vive em um paraíso preservado, colecionando palmeiras raras e protegendo a flora e fauna locais.
Erythrina dominguezii Hass é uma espécie de árvore de médio a grande porte que ocorre em decíduos / florestas semidecíduas do sudoeste neotropical e tem como característica atrair e alimentar várias espécies de aves segundo estudos relatados pelo Departamento de Ciências Naturais, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.Os dados sugerem que o néctar dessa espécie pode ser um importante recurso alternativo para frugívoros / aves onívoras quando os outros recursos são escassos.
Temos outras espécies desta árvore cadastradas aqui no http://www.paisagismodigital.com.br. Se quiser adquirir alguma, clique na foto e verá as informações e a listagem dos fornecedores para os quais você pode mandar um e-mail.
Pesquisando sobre a espécie Erythrina dominguezii Hass, encontrei esta bela tradição sobre ela, que é conhecida na Argentina, como ceibo rosa chaqueno:

Conta a lenda que nas margens do Rio Paraná vivia uma indiazinha feia, de traços rudes, chamada Anahi. Ela era feia, mas nas tardezinhas de verão deleitava a toda a gente de sua tribo guarani com suas canções inspiradas em seus deuses e no amor à terra da qual eram donos. Mas chegaram os invasores, esses valentes, atrevidos e aguerridos seres de pele branca que arrasaram as tribos e tomaram suas terras, seus deuses e sua liberdade.
Anahi foi levada cativa, junto com outros indígenas. Passou muitos dias chorando e muitas noites em vigília, até que um dia o sono venceu sua sentinela e ela conseguiu escapar.
Ao amanhecer, a sentinela despertou e ela, para conseguir seu objetivo, golpeou-o com um punhal e escapou rapidamente para a selva. O grito do carcereiro ferido despertou os outros espanhóis que saíram em sua perseguição e em pouco tempo ela foi alcançada.
Como vingança, lhe impuseram como castigo, a morte na fogueira. Amarraram-na em uma árvore e acenderam a fogueira. Mas as chamas pareciam não querer atingi-la. Sem murmurar uma palavra, ela sofria, com a cabeça baixa. Quando o fogo começou a subir, aconteceu o assombroso milagre – Anahí se transformou em árvore.
No dia seguinte, ao amanhecer, os soldados encontraram uma formosa árvore de folhas reluzentes e flores rosadas, que se mostrava em todo seu esplendor como símbolo de valentia e fortaleza ante ao sofrimento.

Vejam então as belas fotos da árvore que, segundo a lenda,já foi uma mulher.



Erythrina Dominguezii , aqui floresceu pelo mês de outubro em uma casa da Cidade Goya , Provincia Corrientes , Argentina.isto é a 16 Km de meu campo.



Erythrina Dominguezii aqui detalle del formato de las flores en el mes de Octubre con 21°C a 22°C de Temperatura Media Mensual y 150 mm. de lluvia



Erythrina Dominguezii aqui detalle de como es la copa



Erythrina Dominguezii aqui a los 2 años de edad creciendo a Latitud Sur 29° 00´´ Sur a orillas del Rio Parana en mi campo cerca del Pueblo de Lavalle , Provincia Corrientes , Argentina.si las temperaturas son muy altas 35°C a 40°C con disponibilidad de bastante agua en el suelo crecen a razon de 2 metros anuales y con fertilizacion quimica crecen mas rapido todavia pero el factor principal es que en verano tengan lo mas alto posible las Temperaturas Medias Mensuales y que en invierno las Temperaturas Medias Mensuales NO DEBEN BAJAR DE LOS 15 A 16°C sino pueden llegar a morir la planta lo ideal que los inviernos tengan de 18 a 20°C Temperatura Media Mensual y si son mas altas mejor .

Informações sobre a ocorrência da espécie, enviadas por Alberto Ferrari (tomei a liberdade de traduzi-las)

A Erythrina Dominguezii cresce no Leste das Províncias de Formosa e Chaco, ao Noroeste da Provincia de Corrientes . Também cresce selvagem no Noroeste da Argentina, no Leste da Província de Salta, aos pés das Serras subandinas, chegando até a Província de Tucuman e a Noroeste da Província de Santiago Del Estero e Sudeste da Bolívia ,Província de Santa Cruz e Beni. São zonas muito cálidas, especialmente no verão, quando as temperaturas alcançam os 40º a 44º C. No inverno, podem sobreviver até com -5,5º , mas ficam em más condições e muitas morrem e depois rebrotam desde a raiz. Até 0º C resistem muito bem.
Elas crescem selvagens dentro do Parque nacional Pilcomayo, Na Província de Formosa sobre o Rio Pilcomayo no limite entre o Paraguai e Argentina. Cresce também no Mato Grosso do Sul nos limites entre o Paraguai e a Bolívia.

Esta espécie perde a folhagem depois do frio mais intenso, junho e julho, mas recupera sua folhagem e floração em fins de agosto e princípio de setembro. Em zonas de menor temperatura isto vai ocorrer outubro. Em novembro perde as flores e em dezembro tem a folhagem completa e assim permanece até junho/julho quando torna a perder as folhas. Este comportamento é com temperaturas medias anuais de 21º C.
Este comportamento pode variar dependendo da disponibilidade de água. Solos úmidos aceleram todo este processo. Em meu campo, plantadas em solo arenoso, fofo e aerado, com excelente drenagem e fertilização artificial, regas intensas no período de maior temperatura, consegue crescimento de até 2 metros anuais, partindo de sementes.

As regiões da Argentina em que cresce esta espécie têm clima Subtropical úmido, com chuvas de 800mm. Nas zonas mais secas e nas mais úmidas 1400mm. Geralmente é encontrada em solos negros onde alcançam seu máximo esplendor.










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Comentários

21/05/2010

olá Regina, é uma bela lenda!! Diz a lenda que em uma tribo na Amazônia o guerreiro Piripiri era um índio misterioso. De seu corpo, exalava um perfume suave que apaixonava as cunhatãs de sua aldeia. Por isso, elas viviam perseguindo-o pela mata. Quando o julgavam preso, ele fabricava uma nuvem de fumo e desaparecia.
As cunhatãs foram perguntar ao pajé Supi como fariam para prender Piripiri. Supi ensinou-as: deveriam amarrar os pés do guerreiro com os seus próprios cabelos.
Naquela mesma noite, as índias fizeram como Supi as ensinara. Enquanto Piripiri dormia, amarraram-lhe os pés com seus cabelos. E adormeceram ao lado dele.
Quando acordaram, no dia seguinte, o guerreiro havia sumido para sempre. Mas no chão onde ele dormira havia uma planta diferente – e que exalava seu perfume.
O pajé Supi ensinou-as a usar aquele cheiro que entontecia o coração dos homens. E contou-lhes que Piripiri tinha subido aos céus e se transformado na constelação de Arapari, as Três Marias da constelação de Órion.
A planta ganhou o seu nome. É a sua casa. Piripiri-oca, priprioca, “a casa de Piripiri”.

Abraços

21/05/2010

Verena, vamos colocar esta bela história como um artigo do Blog?
Pesquise um pouco sobre a planta e coloque seu artigo lá, tá?
Valeu!

20/05/2010

Prezada Verena, não quer contá-la para nós aqui no Blog? Eu não conheço esta lenda!

20/05/2010

Prezada Bettina, que bom que você gostou!
Estou esperando um artigo seu aqui no Blog! Que tal falar sobre plantas ou paisagismo que viu lá nos Estados Unidos?

19/05/2010

Adorei saber sobre esta lenda. Maravilhoso artigo.

19/05/2010

Belíssima árvore,me lembrou da lenda indígena sobre a priprioca!!!!!


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