Através de um artigo publicado pela Sociedadambiental da Argentina, escrito por Fernando Javier Lasagno, Técnico ambiental e ativista do Greenpeace, tomei conhecimento de alguns números relativos ao problema do lixo, em Buenos Aires, Córdoba e mais algumas cidades do interior, que não são diferentes dos que temos aqui no Brasil.
Fonte da foto: http://www.chongas.com.br/2009/05/galeria-de-fotos-vida-no-lixo/
Há suficientes evidências de que o lixo e o desperdício são problemas reais que estão chegando a um ponto limite em que os governos, empresas e cidadãos, todos nós, estamos em uma encruzilhada em que deveremos nos envolver e nos responsabilizarmos por nosso consumo.
O lixo tecnológico, por exemplo, proveniente do descarte de computadores e celulares, representa uma carga de 50 milhões de toneladas para o mundo! Uma pilha alcalina e uma micro pilha de mercúrio podem contaminar 175600 m3 de água. (Fuente Ecoportal y Ecofueguina). Para a solução destes problemas deverá haver um acordo sério entre as cidades, governos, organizações sociais e ambientais, estabelecendo um diálogo para encontrar soluções, idealizar mecanismos simples e esquemáticos, implementando a consciência de consumo responsável, reutilização e redução de consumo de material orgânico e inorgânico.
Parte desta solução está nas mãos dos cidadãos, em nossas mãos. Para mudar tudo, necessitamos começar por mudar algo e esse algo pode ser nossas ações diárias, pequenas, individuais, simples , mas virais, contagiosas, exemplares, poderosas. De nossa casa para o mundo, podemos chegar a um click de distância e marcar a diferença. Cada ação, por menor que seja, soma uma melhora para o planeta.
Algumas tarefas simples que podemos implementar e divulgar em nosso meio social:
Para o material inorgânico: 1 - Produtos embalados em plásticos de todo tipo: potes, garrafas, bandejas, descartáveis: Ver o símbolo que eles devem ter no fundo: Escolher os que tenham o número 1 ou 2 dentro de um triângulo. Estes números significam que as embalagens têm uma degradação mais rápida. Quanto maior o número, mais nocivos para o ambiente e incorporação mais lenta.
2 - Usar sempre bolsas retornáveis para as compras, coloque-as no carro, perto da porta de saída da casa para não serem esquecidas. O Rio de Janeiro já tem uma lei que entrou em vigor no dia 16/07 restringindo o uso de sacolas plásticas em supermercados. A maioria dos estabelecimentos dá um desconto de 0,03 por cada 5 produtos que não usem as sacolas.
3 - Usar sempre garrafas retornáveis, de vidro, o máximo que for possível.
4 - Preferir, no caso de água mineral, adquirir embalagens maiores e retornáveis, usar purificador de água em substituição à água envasada.
5 - Usar sempre copos de vidro, reutilizáveis.
6 - No caso de material elétrico e eletrônico, procuremos dar-lhes uma sobrevida, priorizando aqueles de melhor qualidade de materiais, maior eficiência de consumo de energia e água e de mais fácil reparação. Também pode enviar a centros de reciclagem e fazer doações. O Banco Real implantou em todas as suas agencias coletores para descarte de pilhas, baterias e eletrônicos sem uso.. Instituições que recolhem e reciclam material eletrônico: http://www.canon.com.br, http://www.fundacaobancodobrasil.org.br, http://comite.cdi.org.br, http://www.rio.rj.gov.br/comlurb/,http://www.Dell.com/recycling,http://www.hp.com.br/baterias http://www.kodak.com.br,http://www.motorola.com.br,http://www.museudocomputador.com.br,http://www.nokia.com.br,http://www.valvolandia.com.br.
7 - Para as pilhas , preferir as recarregáveis e procurar informações sobre instituições de reciclagem. 8 - Atenção com as lâmpadas de baixo consumo e outras similares, elas têm componentes letais para a água, a terra e o ar, como mercúrio. Até que tenhamos maiores informações sobre elas, é melhor separar e guardar em lugar seguro.
9 - Reduzir o volume e quantidade de embalagens e reutilize o papel de revistas, cartões, caixas, e recolha separadamente papel, vidros plásticos para reciclagem.
10 - Para material de demolição e obras, contrate um contêiner e uma empresa própria para removê-lo. Algumas peças de construção ou demolição podem ser reaproveitadas.
11 - Reutilize roupas e calçados, recicle ou faça doação para entidades. Utilize embalagens de plástico, latas, tetrapak para plantar, ou guardar materiais e condimentos. Pode-se usar objetos em desuso para criações artísticas e artesanais: use sua imaginação e aproveite madeira, metal, telas, vidros, plásticos etc ou faça doação.
PARA MATERIAL ORGÂNICO
12 - O principal método para reduzir o descarte de resíduos orgânicos é incorporar uma composteira em um pequeno espaço. O adubo produzido pode ser usado para fertilizar plantas de vasos, jardins e hortas. Sobre este assunto leia: Minhocasa - aproveite o lixo doméstico para suas plantas de jardins e paisagismo
O Brasil já possui 101 usinas de Biodiesel que recicla o óleo de cozinha usado, estão em 25 estados. Veja a listagem em http://www.biodieselbr.com/usinas.htm. Algumas têm serviço de coleta domiciliar , oferecem o recipiente para coleta e pagam pelo litro de óleo ou trocam por material de limpeza.
13 - Restos de podas de plantas podem ser acumulados ao ar livre e se convertem também em nutrientes para a terra
Há dados disponíveis sobre a quantidade de resíduos sólidos urbanos produzidos por cada habitante de uma cidade, seriam cerca de 1kg diário, o que representa 0,36 ton anuais. Se um cidadão consegue reduzir 100% do lixo orgânico e 80% do inorgânico com uma conduta responsável, aplicando os três R (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) poderemos obter um efeito multiplicador em torno de si, na sua comunidade, tendo como resultado a melhoria do ambiente, da economia e da saúde.
Temos direito a um ambiente são mas, para isto, temos que nos responsabilizarmos por nossos desperdícios e seu destino: a contaminação por lixões a céu aberto, enterrados ou queimados. Nossa sociedade cada vez mais pretende comodidades e consumo, melhor qualidade de vida, mas o custo ambiental e social é demasiado elevado. Este custo ninguém pode e quer pagar, pelo menos com este sistema em que vivemos, de consumo irresponsável. Esta é uma história com final aberto: Nossa mudança de consciência e de hábitos de consumo.
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