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Nova York: Primeiro Parque Subterrâneo do Mundo

Autor: Regina Motta - Data: 17/08/2016
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A escassez de áreas verdes em Nova York levou ao projeto de construir o Lowline Park que pode ser o primeiro parque subterrâneo do mundo. Já existem outras construções subterrâneas em outros países como os antigos abrigos subterrâneos na China e também Coober Pedy na Austrália.


Lowline Park

Mas nenhum deles tiveram planejamento e a proposta de utilizar a luz solar, como é o caso do Lowline Park.

China


digua-shequ/
O centro comunitário Digua Shequ, em Pequim

Na China, estima-se que entre 100 mil e dois milhões de pessoas vivem em antigos abrigos subterrâneos, só em Pequim. Há mais de 10 mil bunkers na cidade, construídos há 40 anos como parte da estratégia militar do país durante a Guerra Fria. Os habitantes destes locais ganharam inclusive o apelido de tribo dos ratos.

O país anunciou que vai proibir o uso destes espaços para moradia, a partir do ano que vem. Mas não há espaço para toda esta gente na superfície, o que faz com que os atuais moradores duvidem da proibição. O governo já recuou do prazo inicial para a proibição, que deveria ter entrado em vigor em 2012.

Coober Pedy


File:Coober_Pedy,_South_Australia_-_5.jpg
Coober Pedy - Austrália

Já na Austrália, o calor de 50ºC da região do Outback levou os moradores de Coober Pedy para baixo da terra. Cerca de 80% da população local vive em casas subterrâneas, como tocas.

Coober Pedy


File:Coober_Pedy_underground_house.jpg
Coober Pedy - Austrália

Ao contrário do projeto sustentável dos nova iorquinos, os australianos não têm luz solar embaixo da terra. Pelo contrário: a cidade é toda movida à diesel.

No mês de junho, o governo australiano anunciou investimento de 18,4 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 45 milhões) para limpar a matriz da cidade. A meta é ter 70% da energia oriunda de fontes renováveis, em um prazo de 25 anos

Lowline Park


Por Rocco S. Cetera - Trabalho próprio pelo carregador, CC BY-SA 4.0, wikimedia
Lowline Park

O Parque de Nova York, Lowline Park, prevê o uso da luz solar que já está em funcionamento, areavés de um protótipo que foi aberto ao público.

Os raios solares são coletados por um escudo de vidro, como uma antena parabólica. A luz é transmitida por um tubo de hélio, que cruza a rua até o sub-solo. Lá embaixo, um equipamento (como uma claraboia invertida) espalha a luz pelo ambiente.

É o suficiente para as plantas fazerem sua fotossíntese e o lugar ficar iluminado, de forma natural, durante o dia.
A ideia é reaproveitar uma estação abandonada do antigo sistema de bondes elétricos para criar um espaço de convivência para os moradores do Lower East Side, na zona sul de Manhattan.

O Williamsburg Bridge Trolley Terminal fica em uma área de 6 mil metros quadrados. Equivalente ao tamanho de três quadras, na superfície.

A estação foi inaugurada em 1908, mas fechou em 1948, para dar lugar a um moderno sistema de metrô. Os novos trilhos foram instalados ao lado dos velhos.

Significa que os visitantes do futuro parque vão poder sentar para ler um livro embaixo de uma árvore enquanto o metrô corre ao seu lado. Para tornar esta uma experiência urbana agradável, a equipe do Lowline trabalha em um sistema de janelas a prova de som.

Outra ideia é preservar parte da infraestrutura dos bondes, em uma espécie de homenagem nostálgica. Mas a principal tarefa, agora, é provar que a luz solar remota pode abranger toda a área da estação, durante todos os meses do ano. Esta é uma das exigências da prefeitura, proprietária do terreno, para liberar a criação do parque.

O departamento de Desenvolvimento Econômico do município começou a discutir qual destinação dar à antiga estação de Williamsburg Bridge há oito meses. O Lowline Lab (protótipo do parque) foi escolhido para apresentar um projeto. Ajudou na escolha o fato de que o projeto foi o único interessado na disputa.

Eles têm agora 12 meses para levantar US$ 10 milhões. A prefeitura não prometeu nenhum dinheiro, mas não está descartado o investimento público na obra.

A ideia de revitalizar os trilhos Nova York não é nenhuma novidade. Em 2009, a cidade ganhou um parque público no High Line, elevado que cruza a região Oeste da cidade, como fosse um Minhocão de bondes. A reforma trouxe novos moradores e turistas para a região. E foi justamente este o problema, dizem críticos da proposta.

O High Line hoje é visto como exemplo de gentrificação. A melhoria da região teria expulsado, indiretamente, os antigos moradores e comerciantes, incapazes de pagarem os aluguéis elevados.

O próprio termo revitalizar é visto como ironia. Como se a reforma trouxesse de novo a vida à região, ignorando que outras pessoas já viviam por ali antes das melhorias.
Há um medo que isso se repita no Lowline, instalado em uma das regiões menos verdes de Manhattan.

O conselho comunitário aprovou o projeto do parque em dezembro do ano passado. Além disso, o parque trabalha para atrair o apoio dos moradores, com visitas guiadas abertas aos estudantes das escolas da região, por exemplo.

O Lowline Lab não é o único projeto de olho na vida subterrânea de Nova York. Além das antigas estações de bonde, a cidade é entrecortada por túneis subterrâneos construídos para captação de água, e proteger o local de enchentes.

O mais famoso deles é da ficção: é em um túnel destes que moram as Tartarugas Ninjas.

Na vida real, alguém teria reformado um abrigo no bairro de Tribeca, em Nova York, para transformar no Lar das Tartarugas. O espaço foi colocado para locação no site AirBnb, e em poucos dias as reservas esgotaram

Fontes:
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/futuro-das-cidades/primeiro-parque-subterraneo-do-mundo-tera-plantas-nativas-e-luz-solar-8lsl6etjhpju3rrd03byngbc3
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/futuro-das-cidades/startup-aposta-na-revitalizacao-dos-antigos-abrigos-no-subsolo-de-pequim-3xi2hl4d7w95dt18gc4akb34k

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