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Cagaita: Uma riqueza do cerrado pouco aproveitada

Autor: Rômulo Cavalcanti Braga - Data: 06/05/2013
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CAGAITA (Eugenia Dysenterica DC)

. Nome Científico: Eugenia Dysenterica DC.
Nome Popular: Cagaita
. Família: Myrtaceae
. Origem: Brasil
. Ciclo de Vida: Perene

A Cagaita é uma planta perene de ampla ocorrência no Brasil - Central, principalmente nos cerrados remanescentes que abrangem o Distrito Federal e os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins.


File:Eugenia_dysenterica.jpg

A árvore apresenta um tronco tortuoso, casca grossa, corticosa (cortiça), de cor cinza ou castanha, com fissuras profundas, sinuosas, em todas as direções, e formam placas de diversas dimensões. Sua altura pode chegar a 8 metros e o diâmetro da copa, 7 metros. As folhas novas são avermelhadas e depois passam para esverdeadas. Elas são simples, coriáceas (aspecto de couro), forma oval, com 3 a 10 centímetros de comprimento por 1 a 5 centímetros de largura e caem durante o inverno ou no longo período da seca nas regiões de clima quente o ano todo. Ao amassarem, produz um odor agradável, assim como a maioria das plantas da família das mirtáceas.

As flores são brancas, isoladas, vistosas, perfumadas, axilares (região de inserção das folhas nos ramos), em número que varia de 3 a 6, em longos pedúnculos (haste que sustenta a flor) de 1 a 2 centímetros de comprimento. As flores são hermafroditas (têm os dois sexos na mesma flor) e auto compatíveis. Os frutos são carnosos, suculentos, globóides, com cerca de 4 centímetros de diâmetro. A sua casca e a polpa são verdes durante o desenvolvimento, e amarelas, quando maduros. Em cada fruto contém 1 a 4 sementes.


By Conrado - Own work, CC BY 3.0, index.php?curid=8303198

Cultivo

As condições favoráveis ao seu bom desenvolvimento e frutificação são: temperatura amena a quente, solos profundos, bem drenados, não é exigente em fertilidade do solo e adaptada ao longo período sem chuva, durante o inverno, porque apresenta um sistema radicular bem desenvolvido e profundo nos solos do cerrado. A propagação é feita através de sementes. Em se tratando de planta do cerrado e ainda explorada de forma extrativista, não existem informações mais concretas sobre a produtividade.
Nas condições do cerrado da região de Brasília, DF, cada árvore produz 500 a 2.000 frutos. Possivelmente, essa produtividade pode ser bem maior, se cultivar em pomares comerciais e com adubações para aumentar o seu desempenho, mas pouco se sabe sobre o comportamento dessa planta quanto à ocorrência de pragas e de doenças.

Interesse econômico

A cagaiteira é considerada uma espécie de interesse econômico, principalmente por causa do aproveitamento de seus frutos na culinária. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor de sua polpa. Esse aproveitamento é bastante difundido entre os habitantes do Cerrado, podendo ser encontrados, inúmeros pratos típicos da região confeccionados com essa fruta, com destaque para os doces, geléias, licores, refrescos, sorvetes e sucos.
A comercialização da Cagaita ocorre quase que exclusivamente em mercados regionais, com produção extrativista, oriunda de áreas de cerrado nativo. Pequenas indústrias alimentícias já têm explorado essa fruta como matéria prima, com a utilização de sua polpa na fabricação de refrescos e sorvetes. O mercado consumidor dos produtos processados a partir da polpa de Cagaita está hoje restrito à região central do Brasil. A abertura de novos mercados só deverá ocorrer se for associada a uma ampla campanha de divulgação dessa fruta. A planta e os frutos são usados na medicina popular.
A Cagaiteira é recomendada na arborização de praças, parques e jardins e na recomposição de matas em áreas degradadas, além dos frutos servirem de alimentos a diversos animais e pássaros silvestres.

Atendendo ao pedido de nosso leitor Darci Peretto
Contato: romulocbraga@uol.com.br

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