XAXIM (Dicksonia Sellowiana)
Nome Científico:Dicksonia sellowiana Sinonímia:Dicksonia gigantea, Dicksonia lobulata, Nome Popular:Xaxim, samambaiaçu, samambaiaçu-imperial, Família:Dicksoniaceae Divisão:Pteridophyta Origem:América do Sul Ciclo de Vida: Perene
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O Xaxim (Dicksonia Sellowiana) é uma pteridóphyta arborescente que encontra-se distribuída por toda a América do Sul. A espécie ocorre no bioma da Mata Atlântica, formação denominada Floresta Ombrófila Mista, onde devem restar menos de oito por cento da área original, sendo na sua grande maioria na forma de fragmentos com formações florestais secundárias, bastante alterado pelo efeito antrópico. É uma planta muito primitiva, não produz flores nem frutos, assemelha-se a uma palmeira. Além de sua beleza singular, serve de suporte e substrato para as mais diversas plantas epífitas.
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A Dicksonia Sellowiana é uma planta de tronco fibroso e espesso de onde é extraído o xaxim, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco é resistente ao frio e apresenta crescimento muito lento, levando até cem anos para crescer um metro isso em situação favorável, local sombrio e úmido, é uma planta grande, chegando a atingir quatro metros de altura. A exploração intensiva de suas populações, aliada a destruição do seu habitat natural e a escassez de dados sobre o comportamento de suas populações fez com que a espécie fosse incluída em 1992 na lista das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, e também na CITES, em razão da sua intensa exploração comercial destinada à jardinagem e floricultura. A Dicksonia Sellowiana é uma espécie com grande potencial para fins de manejo e conservação, pois alcança significativo valor comercial no mercado, principalmente para a fabricação de vasos e substratos para o cultivo de Orquídeas, Bromélias, Suculentas e outras plantas ornamentais. Ao contrario do que muitos apregoam, a Dicksonia Sellowiana não possui raízes, pois a parte viva da planta está na coroa da mesma ou seja um palmo - cerca de trinta centímetros abaixo de suas folhas. Daí para baixo é só massa fibrosa que servirá de apoio e fixação de outras plantas epífitas. Para cultivar e manter viva a Dicksonia Sellowiana é só mantê-la em local sombreado e abrigado de ventos (seu grande inimigo) e fazer as regas em dias alternados. Querendo-se pode se utilizar fertilizante líquido, observando-se que deverá ser utilizado 1/4 da força recomendada pelo fabricante. É ótima no paisagismo, e excelente na ornamentação e suporte conjugado com plantas menores epífitas, pois estas adoram a acidez gerada pelas fibras do Xaxim.
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As Universidades do Paraná (UFPR) e de Santa Catarina (UFSC), vêm desenvolvendo o cultivo desse exemplar no intuito de repassar a tecnologia aos agricultores para que assim tenham uma nova fonte de renda aliada ao repovoamento dos habitats e a preservação da espécie. Transcrevo abaixo noticia surpreendente que achei nos jornais:
Xaxim produzido na UFPR auxiliará no tratamento da asma
Cultivo da planta baseia-se na sustentabilidade ambiental
Um grupo de pesquisadores do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, do Setor de Ciências Agrárias da UFPR, desenvolve, em laboratório, técnicas que possibilitam a produção de xaxim para auxiliar no tratamento da asma. O projeto faz parte de um programa que envolve professores dos departamentos de farmácia, ciências agrárias, ciências da saúde e profissionais da Natureza Pura, empresa que trabalha na produção de um remédio fitoterápico a partir das folhas de xaxim. Na área de ciências agrárias, o trabalho é coordenado por Luiz Antônio Biasi, que ainda conta com a ajuda de uma estudante de graduação em Agronomia. Tudo começou há poucos meses, quando um aluno de farmácia da Universidade Tuiuti do Paraná, descobriu que as folhas do xaxim (Dicksonia sellowiana), possuem propriedades curativas no tratamento da asma, doença que afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo Biasi, quando a empresa Natureza Pura começar a produzir o remédio em série haverá alta demanda por folhas de xaxim. O problema é que a planta é de difícil reprodução e seu processo de crescimento é extremamente lento. Ao se levar em conta que planta figura na lista de espécies ameaçadas de extinção, fica clara a necessidade de sua produção em laboratório. Estamos pesquisando a melhor forma de desenvolvimento do xaxim, com o objetivo de permitir aos agricultores cultivarem a espécie, afirma o professor. Já se descobriu que o xaxim deve ser cultivado em local sombreado e úmido e que seu substrato não pode ser de terra comum, mas com base em turfa e casca de pínus, para que durante a reprodução os esporos da Dicksonia Sellowiana não se misturem a outros e assim não germinem outras espécies. Somente as folhas desta espécie é que possuem as propriedades medicinais, afirma.
Para obtenção de uma muda de Dicksonia Sellowiana é necessário um tempo que varia de 9 a 12 meses. O professor ressalta que o cultivo do xaxim por parte dos agricultores pende ainda para o lado do desenvolvimento sustentável e do agroecologismo, já que, além de ser fonte de renda, o cultivo apropriado de xaxim também pode representar a preservação da espécie.
Obs: Não estamos fazendo aqui apologia a tratamentos fitoterápicos sem acompanhamento médico, mas tão somente buscamos mostrar o poder do ouro verde oculto em nossas matas. Contato: romulocbraga@uol.com.br
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