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Plantas também usam truques para garantir reprodução

Autor: Regina Motta - Data: 26/08/2010
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Não só no Reino Animal, humanos incluídos, existe esperteza para a realização do impulso vital de reprodução.
Nas margens dos rios o sapo, a rã e a perereca machos enchem os sacos vocais e coaxam atraindo a fêmea (ritual pré-nupcial).



Para conquistar a amada ambos albatrozes se encaram e curvam-se como se estivessem cumprimentando e depois ficam de cabeças coladas.


A maioria dos tetrazes gritam e dançam.


Os galos-silvestres delimitam a área de sedução e dançam juntos até que as fêmeas espectadoras escolham um por um como parceiro sexual.


As fragatas incham o peito vermelho para atrair a companheira.



Esperteza vegetal!

Estudo realizado na Esalq-USP mostra que fenômeno da dormência tem papel importante na astuciosa estratégia de dispersão das plantas que possuem sementes miméticas, preservando-as da deterioração
Plantas como o mulungu (Erythrina velutina) - árvore nativa da Mata Atlântica - produzem sementes duras e coloridas muito utilizadas na fabricação de colares e pulseiras.



Além de garantir o sucesso nas feiras de artesanato, as características das chamadas sementes miméticas fazem parte de uma complexa estratégia evolutiva de dispersão de sua espécie.




Segundo o estudo, diversas espécies de plantas utilizam a estratégia de atrair animais para auxiliar na dispersão de suas sementes. Em geral, essas plantas possuem frutos carnosos, nutritivos e coloridos que estimulam o animal a comê-los. As sementes não são digeridas e acabam excretadas longe da planta mãe.
O grupo de plantas com sementes miméticas, no entanto, vale-se de uma espécie de "estelionato biológico": elas produzem sementes coloridas que ludibriam o animal, atraindo-o sem, no entanto, oferecer nada de nutritivo.

"Essas plantas produzem apenas a semente, cuja dispersão é o que realmente lhes interessa e, com as cores, mimetizam a aparência do fruto. Elas aproveitam o serviço de dispersão oferecido pelo animal, mas não pagam por ele. E com isso economizam muito, pois a produção de frutos verdadeiros - sintetizando grande quantidade de lipídios, proteínas e açúcar - tem um preço muito elevado em termos de energia", disse Brancalion à Agência Fapesp.
O "golpe" aplicado pelas plantas de sementes miméticas, no entanto, não é perfeito. Normalmente as aves - principais agentes de dispersão - percebem o engodo e, aos poucos, deixam de consumir as sementes miméticas. Para seduzir as aves "inexperientes" as sementes precisam ficar expostas por longo tempo, até mesmo 3 anos. Para tanto as sementes precisam se manter vivas e esse tipo de planta vive de preferência em ambientes quentes e úmidos. Os cientistas pesquisaram, então, como estas sementes conseguiam se livrar de fungos, larvas, insetos e roedores, expostas por tanto tempo à condições ideais para o ataque destes predadores?
A resposta descoberta por eles é que estas sementes são altamente tóxicas, têm altas concentrações de alcaloides, capazes de matar um ser humano, com isso elas evitam a predação. Mas e como elas não se deterioram em ambientes tão quentes e úmidos?
A principal hipótese levantada pelos pesquisadores da Esalq era que as sementes se protegem da deterioração fisiológica por meio da dormência física - um fenômeno bastante comum entre espécies arbóreas, caracterizado pelo atraso da germinação provocado pela dureza do tegumento da semente, que impede a absorção de água.
Em experiências realizadas com sementes de Erytrina, testadas em laboratórios à temperaturas de 41 graus e alta concentração de umidade, verificou-se que as sementes que se mantiveram íntegras, sem superar a dormência, germinaram normalmente depois do tratamento. Já as sementes desprovidas de dormência foram deterioradas.
E as aves, as mais" jovens e inocentes", continuarão seduzidas pelas sementes coloridas, cumprindo seu papel de reprodutoras das espécies "espertas"!

Fontes: Agência Fapesp
O artigo Dormancy as exaptation to protect mimetic seeds against deterioration before dispersal (doi:10.1093/aob/mcq068), de Pedro Brancalion e outros, pode ser lido por assinantes da Annals of Botany em http://aob.oxfordjournals.org/cgi/content/abstract/mcq068.

Fonte das fotos:www.macrofotografia.com.br/
http://xiquexiquense.blogspot.com/2010/04/fotos-dos-amantes-casal-de-sapos.html
www.wikiaves.com/albatroz-de-sobrancelha
http://www.indiosonline.org.br/blogs/media/users/nhenety/sem-mulungu-web.jpg
http://www.naturephoto-cz.eu/fragata-comum-pic-2483.html

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Comentários

20/09/2010 14:36:29

Oi Francisco, é uma bela iniciativa ! é preciso que haja mais consciência da necessidade de reaproveitamento e reciclagem em todos os lugares e em todos os níveis, até mesmo em nossa própria casa! Você pode usar o nosso Blog para divulgar seu projeto. Teremos muito empenho em ajudá-lo nesta empreitada!

20/09/2010 11:39:06

eu, francisco josé de santana amo a natureza e condeno as ações agressivas a natureza, na cidade a onde moro, a maior parte dos moradores ainda não se conscientizaram da preservação da natureza e zelo pélo meio ambiente, esta é a razão da minha luta pela implantação de uma cooperativa de reciclagem e uma oficina de artesanato, aproveitar o lixo que vive vagando pelas ruas, preciso de parceiros, o projeto será rendoso a cidade tem 150 mil habitantes, e tem indice grande de desemprego há nivel muito alto de usuarios de droga e prostituição, mortindade de adolescentes, pela policia e os traficante de drogas, precisa-se de providencias urgente. Atenciosamente, francisco josé de santana, diretor presidente da aceja ong.contato, telefone 7332614849 ou o nosso email.

02/09/2010 12:52:16

Você tem razão, Verena, a natureza é a grnade mestra!

01/09/2010 18:24:41

Sabia Natureza!!!


http://portalverdejardim.blogspot.com/




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