Paisagismo com plantas nativas pouco conhecidas - Asteranthos brasiliensisAutor: Pedro Ivo Soares Braga - Data: 12/01/2011Com esse artigo começamos uma série onde traremos a luz do conhecimento a divulgação de plantas que tenham potencial paisagístico, mas que são pouco conhecidas.Lecythidaceae Asteranthos brasiliensis Desf. -- Mém. Mus. Par. vi. (1820) 9. t. 3A espécie foi citada pela primeira vez em 1820. Encontrada no Brasil (Amazonas), Colômbia e Venezuela. O Asteranthos brasiliensis é uma espécie nativa do alto Rio Negro. Apesar de abundante, cresce apenas na floresta inundada ( Igapó), tendo se tornado rara com a ocupação humana.Suas árvores alcançam cerca de 20 m de altura e ostenta vistosas flores amarelas. Sua corola é caduca e ao cair das plantas mãe impregnam as águas pretas do igapó ficando coberto de corolas com um colorido amarelo ovo muito chamativo.Na Amazônia, eu pessoalmente conheço duas populações da espécie que ocorrem no igapó. A primeira ocorre em Santa Isabel do Rio Negro, no igapó que ocorre em um dos bairros da cidade. A outra população eu tive a oportunidade de observar na localidade Tapuruquara Mirim no rio Curicuriari próximo a São Gabriel da Cachoeira.Área de ocorrência do Polygonanthos brasiliensis no Alto rio Negro, Estado do AmazonasAcima de Santa Isabel podem-se encontrar, boiando no rio, flores delicadas de cor amarelo-clara com textura de papel crepom; são as flores caídas de Asteranthos bra-is Desf., um gênero da família Lecythidaceae que foi descoberto e coletado em 1785 pela Viagem Philosophica no alto Rio Negro, mas publicado apenas em 1820 pelo botânico francês René Louiche Desfontaines. Imagem da Biblioteca Nacional Pedro Ivo Soares Bragacontato@orquiedasdaamazonia.com.brPossui graduação em História Natural pela Universidade Santa Úrsula (1973), Mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1976) e Doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1982). Atualmente é professor Titular aposentado da Universidade Federal do Amazonas.Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia - especialista na Família Orchidaceae, Biologia Floral, Fitogeografia - Fitossociologia, Conservação Ambiental, Estudos de Impactos Ambientais, Recuperação de áreas degradadas.Você pode se interessar também por:Plantas para paisagismo:AgapantoÁrvore Sagrada do Sertão: Árvore que dá de beberPaisagismo com plantas ornamentais raras: Tillandsia creationPlantas exóticas: Planta com cheiro de pipocaPaisagismo com plantas ornamentais raras: Tillandsia XerographicaMargareth Mee, a Dama das Bromélias, pesquisadora de nossas plantas ornamentaisCultivo e demais tratos culturais de Orquídeas - Capítulo IPlantas ornamentais em risco de extinção: Orquídea Cattleya eldorado LindenFatores que condicionam a distribuição das orquídeas no habitatCultivo e demais tratos culturais de Orquídeas: Capítulo 3"Cultivo e demais tratos culturais de orquídeas: Capítulo 2Plantas ornamentais: Árvore Canhão: árvore sagrada Compartilhar: Tweet 112ms Login Requerido Fazer Login para comentar Fazer Login Comentários Maria Martha Corrêa de Cerqueira01/02/2011 15:44:20Maravilhoso esse artigo, alias o Ivo é mestre mesmo parabéns Martha Corrêa Liane Martins - MC3 Paisagismo15/01/2011 11:39:27Ivo, é excelente a divulgação de informações específicas de plantas ornamentais de extrema beleza que podem ser utilizadas no paisagismo. Gradativamente poderemos transformar, inclusive junto aos produtores, a atual padronização de jardins que perpetua o uso das mesmas espécies de plantas.