O arquiteto Ferdinand Ludwig desenvolve esta técnica arquitetônica na Alemanha e envolve as plantas como parte da estrutura de um edifício. A técnica prevê a intervenção humana apoiada em processos que já ocorrem na natureza, quando troncos, ramos ou raízes próximos lentamente se fundem. Conforme os ramos crescem, cresce também a pressão que exercem entre si. O nome "bau"vem do alemão e significa "construção".
A casa do futuro Author Dat doris
Somente algumas espécies de árvores são adequadas para integrar construções. Há preferência pelas flexíveis e vigorosas, com cascas finas, que podem ser facilmente enxertadas. O salgueiro, o plátano e o álamo são algumas delas.
Para moldar as árvores são usados processos de poda, flexão e enxertia, o ato de unir os tecidos de plantas. Une o componente vegetal a andaimes de metal e outros materiais de construção que alguns tipos de árvore têm a capacidade de incorporar. Conforme as árvores envelhecem, suas articulações fundidas se fortalecem, suportando ainda mais carga.
Segundo ele, é preciso observar e obedecer as regras botânicas de crescimento, levando em conta que parte da estrutura é um ser vivo e tratá-la como tal ao projetar o edifício, sabendo que o resultado não é imediato.
E os benefícios de construir com árvores?
A arquitetura viva combate a erosão do solo e melhora a qualidade do ar. Também tem impacto positivo no escoamento de águas pluviais. E pode, inclusive, melhorar a qualidade da água com suas raízes.
Além disso, como a absorção de calor do concreto é muito maior do que a das árvores, esse tipo de estrutura também pode reduzir custos de energia, eliminando a necessidade de refrigerar o interior de um prédio artificialmente.
As árvores ainda são conversoras de dióxido de carbono, um dos principais gases de efeito estufa. Seu uso em construções tem o potencial de conter as alterações climáticas. O objetivo é que o design de pontes de edifícios de finalidades diversas incorpore a baubotanik no futuro.
A maior estrutura projetada pelo arquiteto em Nagold, na Alemanha, conta com uma centena de árvores arranjadas no formato de um cubo por meio de uma estrutura de aço, que em algum momento se tornará desnecessária - os troncos e galhos vão acabar por sustentá-la sozinhos. O cubo foi planejado para demonstrar que é possível erguer uma estrutura semelhante à de um prédio utilizando esse tipo de arquitetura.
Nas vigas, há inscrições do ano em que podem ser removidas: a previsão é que a o cubo "aguente" sozinho em 2028. Dezesseis anos após a construção do cubo de árvores de Nagold, em 2012.
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O PROJETO DA CONSTRUÇÃO CUBO, QUE UTILIZA A TÉCNICA Algumas edificações de estruturas vivas já existentes na Alemanha
PASSARELA DE SALGUEIROS
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Sem fundação propriamente dita, o suporte vegetal absorve exclusivamente a carga e a direciona ao solo, onde estão suas raízes. A superfície em que se anda é uma grade de aço, amparada por corrimões do mesmo material. A passarela fica na cidade alemã de Wald.
O SUPORTE VEGETAL ABSORVE EXCLUSIVAMENTE A CARGA E A DIRECIONA AO SOLO, ONDE FICAM AS RAÍZES DAS ÁRVORES TORRE
A torre de 9 metros foi desenvolvida com a finalidade de teste, para avaliar quanto tempo a estrutura vegetal leva para extrair água e nutrientes do solo independentemente da intervenção humana. Os andaimes serão removidos quando essa estrutura estiver pronta. A construção fica em um parque em Wald.
A TORRE FOI DESENVOLVIDA PARA TESTAR QUANTO TEMPO A ESTRUTURA AGUENTARÁ APÓS A REMOÇÃO DOS ANDAIMES Premiada na Alemanha, a estrutura é a maior já construída com os princípios da arquitetura com estruturas vivas. O design e a realização são de Ferdinand Ludwig e Daniel Schönle, na cidade alemã de Nagold.
O DESIGN CRIADO E COLOCADO EM PRÁTICA POR FERDINAND LUDWIG E DANIEL SCHÖNLE FOI PREMIADO NA ALEMANHA
Fontes: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/01/05/O-que-%C3%A9-a-%E2%80%98baubotanik%E2%80%99-arquitetura-com-estruturas-vivas
http://www.scoopnest.com/pt/user/NexoJornal/817073691024617477
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