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Após toda a dedicação para a construção de uma bela área verde, não é justo que seja aproveitada apenas durante o dia.
Um bom projeto luminotécnico permitirá que este local seja desfrutado e apreciado em qualquer horário, revelando caminhos, realçando plantas e decorações, destacando o colorido das flores em meio à escuridão.
Assim como no desenvolvimento de um projeto de paisagismo, para a definição de um sistema de iluminação o essencial é saber quais os desejos, necessidades e preferências dos usuários da área.
O clima desejado é relaxante ou dramático? Quais atividades serão realizadas no espaço durante à noite? É apenas para contemplação ou para uso? Este entendimento deve estar perfeitamente claro para que os resultados esperados sejam alcançados.
Um sistema bem planejado engloba tanto a parte estética quanto a funcional. Ele deve definir quais texturas, cores e densidades serão destacadas e também tornar facilmente identificáveis escadas, caminhos, espelhos d água e outras estruturas.
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Como regra geral a iluminação deve ser sutil, mas com um aspecto teatral. Algumas plantas serão vistas como silhuetas, outras focalizadas diretamente e outras sem nenhuma iluminação. O objetivo é criar pontos de destaque que acentuem a beleza do cenário sem contudo iluminar tudo, evitando a inclusão de muitos pontos focais.
Os pontos focais noturnos não precisam ser os mesmos do período diurno. É até interessante fazer o contrário: iluminar elementos e espaços que não costumam ter destaque durante o dia, criando assim um novo jardim.
Na definição dos pontos focais devem ser levadas em consideração as mudanças que ocorrerão no jardim durante as estações do ano. Canteiros floridos que são iluminados com destaque na primavera podem não ter qualquer atração durante o inverno.
A iluminação estética ou de efeito pode ser feita de duas formas básicas: - indireta: demarca o espaço sem um foco de destaque; - focal: direciona a atenção para um ponto específico, como um arbusto ou outro detalhe; pode ser de cima para baixo, dando um aspecto mais natural, ou de baixo para cima, geralmente com um efeito mais dramático; pode ainda projetar a sombra de um elemento numa parede ou, ao contrário, definir sua silhueta contra uma parede iluminada.
fonte: landscapelightingnj.com
E para cada efeito que desejamos temos luminárias específicas: - postes, indicados para iluminar uma área de maneira geral - balizadores e luminárias de piso, usados em caminhos e acessos - espetos e projetores, com facho de luz de alcance variado e articulação do direcionamento da luz
Luzes coloridas também podem ser utilizadas, definindo-se qual cor de luz mostrará da melhor maneira o elemento em destaque.
fonte: superizon.com
Vale aqui ressaltarmos o ponto de vista ecológico que deve estar presente num projeto. Devemos cuidar para não prejudicar o metabolismo de plantas e animais, que necessitam de escuridão durante a noite. São muito questionáveis iluminações de copas de árvores pois afetam a fauna que, de outra forma, poderia pernoitar na árvore.
Também nunca devemos colocar lâmpadas muito próximas às plantas, para não queimá-las. E quanto ao aspecto do consumo energético, importante num mundo que precisa ser cada vez mais ecológico, devemos utilizar lâmpadas econômicas, de baixa manutenção e baixo custo.
Os circuitos da iluminação devem ser separados, permitindo acionar apenas parte das luminárias, ao invés de ter apenas um único interruptor que acione tudo. Pode-se contar também com equipamentos como um timer, que liga e desliga as luminárias em horários preestabelecidos, ou células fotoelétricas, que tem a mesma função mas são acionadas pela quantidade de luz ambiente (quando escurece, as lâmpadas acendem e quando clareia se apagam). Interessantes também são as luminárias que trabalham com luz solar e não geram qualquer consumo.
O tema iluminação é muito amplo e buscamos apresentar aqui noções básicas. O planejamento técnico de um sistema e sua instalação devem ser realizados por profissionais capacitados.
Marcos Cocco Paisagismo www.marcoscocco.com.br facebook.com/marcoscoccopaisagismo
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