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Riqueza inexplorada: Terras Raras nas praias de Guarapari, Espírito Santo

Autor: Regina Motta - Data: 29/08/2015
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A palavra crise está na ordem do dia aqui no Brasil. Com tanta riqueza inexplorada, poderíamos mudar CRISE para SOLUÇÕES, novos caminhos, riquezas inexploradas com potencial para geração de renda para o país!

A matéria abaixo já estava pronta, mas o Jornal A Gazeta do Espírito Santo publicou hoje, domingo, 30 de agosto, uma excelente matéria sobre o assunto com o título Bomba Atômica e Guarapari Divulga que pesquisas comprovam que a nossa areia monazítica foi usada em experimentos atômicos nos Estados Unidos na década de 50 e de como foi levada clandestinamente como lastro de navios. Denúncia de trabalho escravo e CPI sobre o assunto que não teve conclusão.
A reportagem muito bem documentada merece ser lida!


Grandes potências mundiais se uniram contra a China numa disputa econômica por uma riqueza mineral: As terras raras. Elas são encontradas nas areias monazíticas (pretas) que existem em todo litoral do Espírito Santo e, em maior volume, em Guarapari.

Em 2012 existe informações de que a CHINA faturou 10 BILHÕES DE DÓLARES com Terras Raras, e são consumidas 129 mil toneladas no mundo, por ano. E AS NOSSAS RESERVAS? ZERO DE FATURAMENTO.

Segundo um levantamento feito pelos Estados Unidos, o Brasil tem a segunda maior jazida de terras raras do mundo, não explorada, desde a década de 60.



Praia da Areia Preta, Guarapari

Foi o Prof. Henrique Gorceix, fundador da Escola de Minas de Ouro Preto, quem primeiro investigou as areias Monazíticas no Brasil, conforme publicação nos anais da "Escola" em 1884 e 1885 e comunicação a Academia de Ciências de Paris- França.

Gorceix recebera amostras de areias amarelas da Praia de Caravelas e Prado na Bahia, que lhe foram enviadas pelo Geólogo Orville Derby, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Estas amostras foram recolhidas por um comandante de veleiro da Firma E. Johnston & Co., que as havia enviado ao engenheiro John Gordon, diretor da Firma.
Gordon, de posse do resultado da análise procurou mercado para aplicação, mas só em 1886, quando surgiram as camisas incandescentes AUER, para iluminação a gás nas quais eram usados sais de Lantânio, ítrio, Zircônio e Magnésio de minerais suecos, depois substituídos por Tório das areias Monazíticas do Brasil.


Praia da Areia Preta, Guarapari

Em 1896, Gordon conseguiu permissão oficial para extrair monazita em terrenos devolutos de Marinha e adquirir por compra,o direito de lavrar terrenos particulares.

As areias monazíticas de Guarapari foram descobertas em 1.898 e, em 1.906, a 'SOCIÉTE MINIÉRE ET INDUSTRIELLE FRANCO-BRASILIENSE' instalou em Guarapari a usina 'MIBRA - Monazita Ilmenita do Brasil' para fazer o beneficiamento destas areias, exportando o produto a ser tratado na França. O último administrador da MIBRA foi Boris Davidovitch- cidadão Tcheco naturalizado americano, que suspeitava-se ser o testa de ferro de John Gordon.


Retirada e transporte de areia monazítica de Guarapari no início do século XX. O material seguia para galpões de separação e estocagem, como retrata a imagem da capa, também do mesmo período. Fotos: Acervo Ufes retirada da reportagem da Gazeta

Segundo Silva Melo em 1937, a MIBRA funcionava dia e noite, tendo três turnos de operários, que recebiam salários miseráveis, desconhecendo a utilização e para onde eram levadas as areias de Guarapari. A firma pagava 4% do valor da areia bruta de taxas ao governo, sendo ainda deduzidos os preços do transporte e o direito de exportação.


Vista da Prainha de Muquiçaba, com o galpão da Mibra à frente, na década de 1940 - Reportagem Gazeta

A MIBRA explorou as areias de Guarapari até meados de 1960, quando o governo elevou o valor da taxa de extração das mesmas. Os proprietários simplesmente abandonaram tudo, queimaram a documentação, já haviam ganho tudo que queriam.

Hoje a exploração pertence a NUCLEMON ( Nuclebras de Monazita e Associados Ltda.). As areias eram separadas por lavagem e eletroímã.


Barracão da Inaremo, onde o tório era separado da areia - Reportagem Gazeta


Navio suíço no antigo porto da cidade Reportagem Gazeta


Notícias na imprensa Reportagem Gazeta

TERRAS RARAS

ILMENITA - De cor preta. É constituída de: Titânio, ferro, magnético, outros metais e vem sempre acompanhada de rutilo e hematita. Usada na indústria metalúrgica.

GRANADA - De cor vermelha, é encontrada em abundância em Guarapari, mas somente em pequenos cristais, o que a torna inaproveitável para a fabricação de jóias. Contém, em proporções variáveis, o alumínio, o ferro, o cobre, o cálcio, o magnésio, o manganês e outros metais.
USO: Usada na fabricação de vidros especiais para lente microscópios, telescópios e lentes fotográficas.

ZIRCONITA - De cor zinza, tem zircônio.
USO: É utilizada na indústria ótica e de vidro, na indústria química e metalúrgica, na fabricação de esmaltes porcelanizados, louças de primeira qualidade, cerâmicas sanitárias, etc.

MONAZITA - Amarela escura. É um fosfato de diversos metais, que contém Tório, do qual se extrai o Hélio e outros metais.
USOS: usados na desintegração atômica.

Ricas em Terras Raras: o Samário de alta pureza que é empregado na fabricação de minúsculos super- ímãs, usado na miniaturização dos equipamentos eletrônicos, da indústria aeroespacial aos fones de ouvido de alta sensibilidade acústica, componentes de computadores e motores de carro;

O Neodímio junto com o Ferro e o Bório fabrica-se outro super-ímã, ainda mais avançado e barato que está dominando a eletrônica.

O Ítrio serve para produzir ligas metálicas para avião, a cerâmica de alto desempenho que fazem os trens balas japoneses levitarem, e é responsável pela fluorescência do aparelho de televisão.

O Samário, o Európio, o Gadolínio e o ítrio entram na fabricação de tinta que torna os aviões imperceptíveis aos radares, ("" desenvolvido nos laboratórios do Instituto de Pesquisa da Marinha- IPQM, no Rio de Janeiro").

O Homio, o Túlio e o Érbio são usados para fabricar raio laser que está substituindo a broca dos consultórios dentários, tecnologia desenvolvida por cientistas brasileiros do IPEN-SP ( Instituto de Pesquisa e Engenharia Nuclear.).

As Terras Raras entram na fabricação de pedras de isqueiros e das baterias dos telefones celulares.

O Brasil detém detêm a 2º maior reserva de Terras Raras do mundo, calculados em 29 milhões de toneladas, só perdendo para a China.
O termo Monazita vem do grego MONAZEIN e significa "estar solitário", o que determina sua raridade.
A CHINA domina 97% do mercado mundial de terras raras, mas passou a restringir as exportações, fazendo com que o preço do óxido de lantânio disparasse no mercado internacional.

Além do valor econômico das Terras raras, existe a crença de que estas areias são benéficas para a cura de alguns tipos de doenças articulares.
Os efeitos terapêuticos e medicinais da radioatividade natural e das areias monazíticas de Guarapari destacadas pelo Dr. Antônio da Silva Mello em seu livro "Guarapari, Maravilha da Natureza" finalmente serão alvo de uma pesquisa aprofundada.
Quem comanda a pesquisa é o Doutor em Águas do Brasil, Presidente da Organização Sul Americana de Termalismo e Vice Presidente da Organização Mundial de Termalismo Dr. Fabio Tadeu Lazzerini, com supervisão de especialistas do Departamento de Física da Ufes.
Se comprovados os efeitos terapêuticos das areias monazíticas, Guarapari poderá ser incluída no roteiro nacional e internacional do turismo de saúde e de bem estar e buscar a autorização da Anvisa para que os médicos brasileiros possam prescrever a cidade como estância radioclimática no tratamento terapêutico e medicinal.

O fato de estar em Guarapari, já constitui um extraordinário elemento de tratamento, uma vez que a radioatividade atua no solo e na atmosfera, tanto dentro quanto fora das casas e dos hotéis, tanto nas praias quanto fora delas.

MAIS INFORMAÇÕES:

A força de um ímã feito com terras raras é até 18 VEZES MAIOR do que a dos ímãs comuns

Em aparelhos de Raio X o lantânio é usado para reduzir a dose de radiação emitida no paciente em até 75%



TURBINAS EÓLICAS os ímãs de neodímio são usados em turbinas para produção de energia elétrica


CARROS ELÉTRICOS: O níquel e o lantânio usados na bateria aumentam a capacidade de armazenar energia.


MÍSSEIS - Os superímãs são usados nas pontas dos mísseis para que eles sejam direcionados.


TREM BALA - atingem até 300km por horas porque não tocam o chão, graças ao magnetismo dos ímãs.

Fonte: http://www.guaraparivirtual.com.br/areia_m.asp
http://folhadacidade.inf.br/index.php/pesquisa-podera-comprovar-efeitos-terapeuticos-das-areias-monaziticas/

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