Completando o estudo sobre as Bromélias, iniciado em e Principais espécies de Bromélias Encante-se ainda mais com estas maravilhas da natureza:
Nidularium
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O nome deriva do Latim, nidulus = pequeno ninho, referindo-se a sua inflorescência que na maioria das espécies, está aninhada na roseta. Este pequeno grupo de bromélias nativas do Brasil é freqüentemente confundido com a Neoregélia, devido à similaridade do tipo haste de floração em forma de ninho de pássaros. Aliás, o próprio nome Nidularium é uma alusão a inflorescência que aparece no fundo da roseta foliar que muito se assemelha a um pequeno ninho de pássaro. No gênero Nidularium, entretanto, a haste floral é circundada por brácteas coloridas, e este conjunto é uma entidade distintamente separada no seu próprio ramo, ao invés de ficar enterrado na roseta. Outra diferença é que as folhas verdadeiras da roseta não possuem pigmentação colorida, como ocorre na Neoregelia. O Nidularium forma rosetas abertas de folhas largas e flexíveis, a maioria na faixa de sessenta centímetros de diâmetro em forma de ninho com flores de cor branca ou púrpura, com um colar de brácteas brilhantemente coloridas. A relativa maciez da textura das folhas indica que o exemplar deve ser cultivado a sombra.
Puya
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A Puya Mirabilis é uma Bromélia terrestre nativa da Argentina e Bolívia. Na natureza este exemplar atinge facilmente seis metros de altura, mas quando cultivadas em jarros ou vasos seu tamanho fica reduzido para cerca de dois metros de altura. Sua folhagem cresce a partir de rosetas basais e se assemelha ao capim, e tem muitos espinhos ao longo de suas bordas. Seus espinhos não são afiados ou duros como os de algumas variedades de Bromélias. Essa variedade é muito interessante por não se parecerem com as demais componentes da grande família das Bromeliaceas.
A família das Puyas é composta por mais de cento e cinqüenta espécies. Quando na época de floração ela solta longos pendões de onde surgirão graciosas flores que podem chegar a dez centímetros de comprimento. O seu cultivo poderá ser feito a sol pleno ou meia sombra. O substrato deve ser rico em matéria orgânica e sua rega em dias alternados.
Propagação - Sua propagação poderá se dar pela divisão de touceiras ou sementes. Quando semeadas, germinam em menos de duas semanas. Por se tratar de um exemplar de grande porte poderá ser utilizada ao pé de muros observando-se que deverá haver uma contenção para que não ultrapasse o espaço delimitado a seu cultivo, vasos e jarros.
Quesnelia
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Quesnelia é um gênero botânico da família Bromeliaceae, subfamilia Bromelioideae. O gênero é assim designado para homenagear M. Quesnel cônsul Frances, da Guiana Francesa. Endemicas do leste do Brasil, esse gênero contem 16 espécies. O grupo das Quesnelias é muito similar ao da Billbergia, formando rosetas verticais com certa rigidez, sendo seu cultivo bastante fácil. Entretanto a maioria das Quesnelias possui folhas com bordas de espinhos, sendo assim, pouco requisitada com exemplar doméstico. O gênero está distribuído pelas regiões sudeste e sul do Brasil. O estado do Rio de Janeiro concentra a maioria das espécies submetidas ao gênero. São plantas muito resistentes, de cultivo fácil e florescimento rápido. Infelizmente, ainda são pouco utilizadas no paisagismo. Algumas possuem folhagem muito decorativas - Quesnelias Humilis, Marmorata e Plowman Tim. Suas hastes florais são belíssimas com nuances que vão desde o rosa pálido ao vermelho fluorescente, com pigmentos de violeta, azul, quase negro, verde e amarelo. Estas hastes podem se apresentar como um aglomerado de flores em uma cabeça, na forma cilíndrica ou cônica. Também pode se apresentar com inflorescências laterais, variando-se de acordo com a espécie. São epífitas e apreciam alta luminosidade. Apreciam substrato rico em matéria orgânica e bem drenado. Pode ser cultivadas em vasos, canteiros, bordaduras ou maciços.
Tillandsia
Tillandsia abdita - Rômulo C Braga
O gênero Tillandsia foi nomeado por Carolus Linnaeus em 1738 em honra ao medico e botânico finlandês Doutor Elias Erici Tillandz (originalmente Tillander) 1640 / 1693. A Tillandsia é um gênero botânico pertencente à família Bromeliaceae, subfamília Tillsandsioideae. São plantas aéreas e a maioria habita as árvores e absorve seus nutrientes e umidade do ar. São mais de quatrocentas espécies e é o gênero que apresenta o maior numero de espécies espalhadas pelas Américas. São encontradas em desertos, bosques e montanhas. No Brasil existem cerca de quarenta espécies diferentes de Tillandsias. Em um mundo cheio de florestas tropicais e subtropicais, todas as plantas que podem sobreviver em lugar onde nenhuma outra planta cresce tem uma grande vantagem. Sobrevivendo em um local inóspito, uma planta elimina o problema de vizinhos agressivos concorrentes de água, luz e nutrientes.
T. caput medusae - Rômulo C Braga Desses exemplares que funda um meio de sobrevivência, onde nenhuma outra planta consegue, as Tillandsias estão entre as mais avançadas. Na verdade, são muitas vezes chamadas de plantas do ar ou Airplants por causa de sua habilidade de sobreviver sem solo, raízes ou água. Elas sobrevivem apegadas às rochas e árvores, onde elas retiram seus nutrientes do orvalho, da água da chuva e poeira que necessitam para sobreviver. Os botânicos classificam estas sobreviventes notáveis como Bromélias epífitas. Uma epífita é qualquer planta que não vive no solo, mas sobrevive agarrada a uma outra planta. As epífitas não devem ser confundidas com parasitas no entanto, porque enquanto um parasita obtém nutrientes de seus hospedeiros, uma epífita trata seus hospedeiros como nada mais do que uma plataforma de suporte. Não prejudicam as plantas hospedeiras.
Cipó com Tillandsias - Rômulo C Braga
Para efeito de apoio, as Tillandsias desenvolvem algumas raízes cordas que são capazes de se agarrar a quase todo tipo de superfície. Essas raízes têm a única função de fixação e não desempenham um papel na obtenção da umidade. As Bromélias desenvolveram uma forma de captação de nutrientes através de suas folhas bastante engenhosa. Estas formam uma espécie de funil grande, onde as gotas de orvalho e chuva são canalizadas para o centro da planta. Ao fazer isso, os membros desta família que vivem em solos secos, ou copas das árvores são capazes de captar a água e direcioná-la para si antes mesmo de esta atingir o chão. O que faz as Tillandsias mais originais, porém, é a sua capacidade de sobrevivência sem um sistema radicular funcional. Toda a umidade e nutrientes exigidos pela planta são absorvidos diretamente pelas folhas, por meio das escamas minúsculas (tricomas) que cobrem a planta. As finas paredes dessas escamas permitem que a água entre nas folhas, mas a impede a sua fuga. A cor prateada das escamas também ajuda a manter a planta fresca, refletindo uma parte da luz solar que atinge a planta.
Vriesea
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O gênero foi nomeado em homenagem ao médico e botânico holandês Willem Hendrik de Vriese (1806 / 1862). Esses belos exemplares habitam as regiões tropicais da América Central e do Sul, e têm uma presença especial no Brasil. Elas se adaptaram as mais variadas alturas acima do nível do mar. Crescem em áreas sombreadas com umidade elevada como epífitas nas árvores e arbustos nas matas, bem como na terra em solos permeáveis, ricos em matéria orgânica. Como membro da subfamilia das Tillandsioideae, suas folhas são inteiras, desprovidas de espinhos. A maioria dos tanques das Vrieseas formam rosetas com uma infinidade de folhas macias, verdes, muitas vezes brilhantes, amplas e rígidas. Esta morfologia permite que elas armazenem água durante longos períodos de tempo. A absorção de nutrientes e água é realizada principalmente através das folhas, pois as raízes são mais utilizadas como apoio de fixação. A inflorescência é simples ou ramificada de várias cores, do amarelo ao laranja claro indo até o vermelho brilhante. As flores são brancas, violetas, verdes, amarelas ou azuis. Em algumas espécies, em particular na floração noturna, seu apelo é a roseta distintiva em mosaico, riscadas como zebra e manchas. Em muitas destas plantas, as inflorescências são compostas de flores grandes em forma de sino que atraem com seu cheiro intenso de frutas ou de melado os Morcegos e Mariposas que realizam a sua polinização. Abrem na madrugada e na manhã seguinte e em seguida murcham, o prazer de sua beleza é muito fugaz. A maioria das espécies crescem em meia sombra, com ambiente úmido. Os grandes Bromeliários têm desenvolvido uma grande linhagem de híbridos que são oferecidos comercialmente. Sua manutenção é relativamente simples, necessitando de uma área bem iluminada sem a presença do sol direto e regas em dias alternados. Rômulo Cavalcanti Braga é especialista em Tillandsias e um grande produtor.
Contato: romulocbraga@uol.com.br
Ouro verde - boiatche bromeliario
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