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A exótica Orquídea sapatinho

Autor: Sergio Oyama Junior - Data: 28/04/2014
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Existe um grupo de orquídeas cuja aparência singular tem atraído bastante a atenção de leigos e colecionadores. Aqui no Brasil, é popularmente conhecida como orquídea sapatinho ou sapatinho de Vênus, sendo que nos EUA costuma ser chamada de slipper orchid. Este tipo de planta pode pertencer a dois gêneros distintos: Paphiopedilum ou Phragmipedium.


Paphiopedilum Harrisianum

As orquídeas do gênero Paphiopedilum são originárias da Ásia, sendo consideradas terrestres. Na verdade, crescem sobre o solo de florestas úmidas, composto por folhas secas, gravetos e detritos orgânicos. Não necessitam de muita luminosidade para florescer e requerem ambientes com níveis adequados de umidade e ventilação.
Apesar de existirem quase cem espécies diferentes, todas têm em comum as flores de aparência única, com o labelo modificado, em forma de taça. As florações destas orquídeas costumam ser bastante duráveis.


Paphiopedilum maudiae

O representante deste gênero mais comumente encontrado no comércio brasileiro é o Paphiopedilum Leeanum, híbrido primário resultante do cruzamento entre Paphiopedilum insigne e Paphiopedilum spicerianum. As demais espécies e híbridos ainda são incomuns nas coleções, sendo infelizmente vendidos por valores mais elevados.
Outro gênero popularmente conhecido como sapatinho é o Phragmipedium. Suas flores têm a mesma aparência de tamanco holandês, mas a parte vegetativa difere-se das orquídeas do gênero Paphiopedilum. Sua distribuição também é diferente, ocorrendo no Novo Mundo, mais precisamente na América do Sul. É uma planta que pode ser encontrada em quase todo o território brasileiro.


Phragmipedium Sedenii

Ainda assim, infelizmente, é raro encontrarmos representantes deste gênero em cultivo por aqui. O mais comumente comercializado é o Phragmipedium Sedenii, híbrido primário resultante do cruzamento entre Phragmipedium longifolium e Phragmipedium schlimii.
Diferentemente dos Paphiopedilums, os Phragmipediums precisam de bastante luminosidade para florescer. Também diferente da maioria das orquídeas, apreciam o substrato constantemente úmido, já que na natureza costumam vegetar às margens dos rios.
São plantas que florescem abundantemente, podendo apresentar florações múltiplas e seqüenciais por longos meses.
Estes dois gêneros de orquídea compõem um grupo especial de belas e exóticas flores, cuja diversidade e raridade tem atraído cada vez mais a atenção dos colecionadores. Vale a pena aventurar-se a cultivar estas orquídeas, ainda que restringindo-se aos exemplares mais comumente encontrados.

Sérgio Oyama - especialista em orquídeas
s_oyama_jr@yahoo.com

Fonte: http://www.orquideasnoape.com.br/

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