As plantas são muito mais "inteligentes" do que se imagina. Cientistas já revelaram o poder das plantas de fazer cálculos de divisão. Em Varsóvia Pesquisas revelam: plantas têm inteligência e memória usou as espécies Aradopsis thaliana e Trifolium repens em experimentos testados com o uso da luz.
Aradopsis thaliana Trifolium repens
Agora, um estudo da Austrália apontou que as plantas podem aprender e ainda recordar. Cientistas da Universidade da Austrália Ocidental analisaram o comportamento da dormideira, também conhecida como dorme-dorme (Mimosa pudica L.). Nativa da América do Sul, ela dobra suas folhas quando é tocada.
Mimosa pudica L.
Neste experimento foram usadas gotas de água. O objetivo era descobrir se as plantas poderiam aprender a ignorar adaptativamente tais estímulos, um processo conhecido como habituação. Primeiro, as plantas que foram submetidas a uma única gota de água rapidamente fecharam as suas folhas, repetindo o gesto quando o experimento foi feito novamente oito horas depois - elas claramente ainda consideravam a experiência ameaçadora. Um grande grupo de plantas recebeu, em seguida, uma série de 60 quedas consecutivas com poucos segundos de intervalo, repetida sete vezes dentro de um único dia. Estas plantas se habituaram rapidamente, mantendo suas folhas abertas após as primeiras 4 a 6 gotas e, no final do dia, sequer fecharam suas folhas. Para garantir que tudo isso não era simplesmente um caso de "fadiga", um tipo diferente de choque foi administrado, e as plantas fecharam suas folhas conforme o esperado. Os pesquisadores eficazmente mostraram como as plantas pararam de fechar suas folhas quando souberam que a perturbação repetida não tinha nenhuma consequência danosa real. Elas foram capazes de adquirir o comportamento aprendido em questão de segundos e, como nos animais, a aprendizagem foi mais rápida em ambiente menos favoráveis (ou seja, com pouca luz). Os pesquisadores acreditam que esse movimento da planta é um mecanismo de defesa contra herbívoros. Isso porque animais que pastam são menos propensos a querer comer folhas murchas. Além desse mecanismo, as plantas demonstraram que estão aprendendo mais rápido como sobreviver em ambientes desfavoráveis, com pouca luz, por exemplo. Também são capazes de recordar o comportamento adquirido semanas após o teste. Ou seja, as plantas podem não ter cérebro e tecidos neurais, mas possuem uma sofisticada rede de sinalização à base de cálcio nas suas células, semelhante a processos de memória dos animais. Os pesquisadores admitem que ainda não entendem a base biológica para esse mecanismo de aprendizado das plantas, no entanto, o seu conjunto de experimentos tem grandes implicações - principalmente, muda radicalmente a fronteira entre plantas e animais, incluindo a nossa definição de aprendizagem (e, portanto, memória) como uma propriedade especial de organismos com funções de um sistema nervoso. ScienceAlert,Economist
Essa capacidade das plantas acontece porque, ao contrário dos animais, as plantas não podem se movimentar. Por isso, precisam aprender mais rápido como se adaptar ao ambiente. Tudo isso é possível graças a uma sofisticada rede à base de cálcio que se assemelha aos processos de memória dos animais.
.Fonte: 1. Centro de Biologia Evolutiva da Faculdade de Biologia Animal da Universidade da Austrália Ocidental, Crawley, WA, 6009, Australia .Autores da pesquisa: Monica Gagliano . Michael Renton .Martial Depczynski .Stefano Mancuso
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