Lendo a excelente matériab] Não basta pintar de verde de Naiara Leão, na Revista Darcy da UNB, onde faz uma análise dos diversos modelos econômicos para a sustentabilidade, a partir da Tese de Doutorado da Economista Gisella Colares, encontrei alguns dados que julgo ser de interesse para todos que se preocupam com o futuro deste nosso planeta. A proposta de Gisella Colares, resumidamente, como convém a esta simples nota, é por critérios de justiça social, os países ricos reduzam seu volume de consumo para que os demais possam desfrutar de mercadorias. ...A concentração de capital, restringe o mercado, limita o número de consumidores e gera crises cada vez mais frequentes. A crise americana de 2008 e a atual quebradeira da Europa são sintomas disso. Os quatro modelos econômicos para a sustentabilidade, segundo a autora=
NEOCLÁSSICO= Admite que o crescimento econômico cria problemas ambientais, mas acredita que ele mesmo fornece as soluções. As tecnologias desenvolvidas no mercado, como aumento da eficiência energética e substituição de materiais poluentes ou escassos, seriam suficientes para regular os abusos energéticos.
AMBIENTAL= Parte do pressuposto neoclássico de que sustentabilidade é a manutenção do bem-estar, medido pela capacidade de consumo. Deveríamos pagar pelos recursos naturais de que usufruímos e recompensar quem preserva. O valor monetário substituiria a consciência ambiental como estímulo à preservação.
ECOLÓGICO= Acha que existem limites físicos no planeta que tornam o modo de produção atual insustentável. Não haveria matéria-prima para tanto produto, nem capacidade de reabsorver materiais. A solução passaria pela reorientação do consumo e distribuição de renda. É a corrente que guia o novo paradigma proposto por Gisella Colares.
VERDE= Ao contrário dos demais, não é uma corrente de pensamento e sim uma agenda política proposta pela ONU. Busca o bem estar da humanidade ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos para o meio ambiente. Na prática, propõe produzir mais com menos materiais sem questionar a intensidade da produção.
CONSUMO DO PLANETA
20% da população mundial, principalmente dos países ricos, consome 80% dos recursos naturais do planeta e produz mais de 80% da poluição e degradação dos ecosistemas. Enquanto isso, os 80% restantes ficam com apenas 20% dos recursos naturais.
Cada ano destruímos cerca de 15 milhões de hectares de cobertura vegetal, o equivalente a quase 30 áreas do Distrito Federal.
Em 2011 foram vendidos 1,5 bilhão de aparelhos celulares
No Brasil são gastos 720 milhões de copos descartáveis por dia
Em todo o planeta, neste ano de 2012, só até outubro, foram usadas 4 bilhões de sacolas plásticas
Cada pessoa deve consumir 50 litros de água por dia, em alimentação e atividades como banho e limpeza de casa
Cerca de 10 000 carros 0km são vendidos no Brasil diariamente
Gisella só espera que, quando alcançarmos as respostas, ainda exista areia, água e plantas para criar vida.
E você, o que espera para o futuro do planeta? Qual seria o caminho a ser escolhido, na sua opinião?
Fonte= Darcy - Revista de Jornalismo cultural e de Pesquisa da Universidade de Brasília - Número 12 - agosto e setembro de 2012
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